Já cá faltava mais uma receita vegan da mãe Bravo, descrita ao seu jeitinho, entre o mimo e o brilho de quem cozinha com o bendito do Amor:
Fatia-se o tofu e deixa-se a marinar com antecedência (ou até durante a noite anterior): tempera-se com alho, folhas de louro partidas aos bocadinhos e rega-se com limão e um fiozinho de azeite. Pronto, não vamos discutir a questão do azeite. – é engraçado o jeitinho de criança com que a mãe Bravo fala deste tema comigo. E retoma o tom anterior sem demora: Continuando, fica assim pelo menos 2 horas. Entretanto prepara-se o arroz: cebolinha picada, azeite e uma folhinha de louro a fritar. [Porque gostam as mães tanto dos “inhos”?] Ops, não é a fritar, tu sabes, só assim a alourar ligeiramente, até só deixo até a cebola ficar translúcida! Não olhes assim para mim, tu bem vês.
– diz a princesa com olhinhos cor de avelã. E continua: acrescenta-se a cenoura às rodelas e a couve cegada grosseiramente (não é assim como a do caldo verde, sabes? É em pedaços maiores). Mexe-se é deixa-se evaporar um pouco a água dos legumes. Então acrescenta-se o arroz : se for carolino, 1,5 chávenas de água para 1 de arroz. Água quente. Isso é muito importante senão “encrua” o arroz. Enquanto o arroz coze, escorre-se bem o tofu e grelha-se numa frigideira anti-aderente, sem gordura. Claro que fica mais douradinho com um nadinha de azeite, mas pronto. – parece resignação mas ainda tenta mais uma vez: Deixa-te lá de exageros, ó transmontana da nutrição. – e eu acho-lhe graça e como, aliás delicio-me com a sua comidinha!
Vai uma garfada? Aliás, uma garfadinha?
