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Esta é a minha receita de eleição para as festas, cá em casa: tofu com batatas assadas e legumes. Desta vez os legumes tomaram a forma de esparregado e estava tudo uma delícia!

 

Tofu com batatas assadas e esparregado

500g tofu (usei biológico)

400g batatas para assar

2 colheres de sopa de azeite

q.b. folhas de louro

q.b. sumo de limão

q.b. paprika

q.b. alho

q.b. salsa fresca

q.b. esparregado

 

Comecei por marinar o tofu que cortei em pedaços em sumo de limão, paprika, louro e alho picado a gosto.

Programei o forno a 180 graus.

Lavei e cortei as batatas em pedaços de tamanho semelhante.

Num tabuleiro de ir ao forno dispus as batatas e o tofu (juntamente com a marinada) e o azeite.

Levei ao forno cerca de 40 minutos (até as batatas estarem cozinhadas e a gosto).

Polvilhei com salsa fresca antes de servir com esparregado.

 

O tofu e o seitan são fontes alimentares de proteína vegetal suficientemente ricas neste
nutriente para que se atinjam as necessidades diárias do organismo. O seitan, é um derivado
do glúten (o ingrediente base é a farinha de trigo), enquanto o tofu, é um derivado da soja
(ingrediente base são grãos de soja). No primeiro caso, acrescenta-se água e amassa-se até
que o amido se separe totalmente da farinha, restando apenas o glúten. No segundo caso, o
processo é semelhante ao do queijo: os grãos de soja são demolhados, triturados e filtrados de
forma a extrair o líquido (semelhante à bebida de soja), ao qual é adicionada uma substância
que o vai coagular; depois prensa-se e obtém-se um produto mais firme.
Comparando o perfil nutricional de ambos (por 100g), e tendo em conta a forma como estes
produtos processados foram obtidos, o seitan apresenta maior teor calórico (quase o dobro:
140kcal vs. 75kcal), 3x mais proteína (25g vs. 8g), mais hidratos de carbono (5g), sódio (apesar
de negligenciável: 0,5g) e vitaminas do complexo B (exceto B12) do que o tofu. Por outro lado,
o tofu apresenta mais lípidos, nomeadamente gorduras polinsaturadas ómega-6, e maior
variedade e riqueza vitamínica (vits. antioxidantes, A e E) e mineral (potássio, fósforo, cálcio e
magnésio).
O tofu é alimento nutritivo e saciante, com quase todos os aminoácidos, bem complementado
com a castanha-do-brasil, castanha, sementes de sésamo e aveia. O seitan, sendo um derivado
do glúten, não pode ser ingerido por doentes celíacos nem por pessoas com intolerância ao
glúten.
Quanto aos efeitos da soja na saúde humana, principalmente das mulheres, as isoflavonas que
constituem a soja têm um fraco efeito estrogénico, ou até mesmo um ligeiro efeito
antiestrogénico, para além das suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. O seu
consumo não interfere no risco de cancro, nem na patologia da tiróide, sendo igualmente
segura a sua ingestão no período pós-menopausa. A recomendação de ingestão aponta para 2
porções por dia de soja ou equivalentes, que corresponde a uma chávena almoçadeira de tofu
por dia.
Tendo em conta a variedade nutricional, o melhor mesmo será variar!

As receitas da mãe Bravo têm cada vez mais sucesso, ou não fossem preparadas com tanto amor!

Pedi esta com jeitinho e a mãe descreveu-a, com aquele olhar cheio de ternura, exactamente assim:

Primeiro cortam-se as batatas às rodelas e reservam-se num tabuleiro de ir ao forno.

Ah, Ana, para o passo seguinte usa-se bastante cebola picadinha, mas escreve mesmo “pi ca di nha” – soletrou e eu, claro, obedeci e escrevi. E continuou: depois o alho picadinho, louro e salsa.

Então esfarela-se tofu e junta-se ao mesmo tabuleiro das batatas.

Tens que escrever assim, agora: “nota: leva bastante cebola, picadinha”. [Eu escrevi, embora já tivesse dito entendi o protagonismo da cebola e dos inhos e não quis deixar de repetir, ou não fosse estragar o assado.]

Numa taça junta-se a cebola, o alho, a salsa também picadinha, um pouco de água quente e azeite – eu ponho a olho. Assim fica preparado um molho bom.

Junta-se este molho à assadeira e vai ao forno.

E pronto, entre inhos e beijinhos, cá temos mais uma receita vegan da mãe linda.

Parece-vos bem?

-Mãezinha, podes dar-nos a receita do almoço bom que fizeste hoje? – Dou, pois. Escreve lá: bastante cebola e alho picadinhos, 3 folhas de louro, azeite. (Começa pelos ingredientes mas raramente diz quantidades…) – Que quantidade, mãezinha? – Óh Ana, eu não sei, sabes que faço a olho mas se te referes ao azeite já sabes que eu não uso cá as tuas doses mini mini. (Adoro este ar de menina reivindicativa!) e continua: Vai ao lume até a cebola ficar transparente e então junta-se tomate maduro partido aos bocadinhos muito pequeninos (inhos com mais inhos, mesmo à mãe Bravo!) e vai falando: Mas mesmo tomate, não é aquele já preparado. Ah! E uma pitadinha de açúcar para quebrar a acidez do tomate. Ai, não olhes para mim assim, eu disse uma pitadinha, não disse uma colher. Queres a receita ou não queres, Ana Luísa? (Eh, lá. Para tudo. Já estamos noutro patamar. “Ana Luísa” impõe respeito, mesmo com aquele olhar verde terno.) e segue: Tampa-se, para ir cozinhando com amor, devagarinho. Noutro recipiente coloca-se água a aquecer. Numa taça junta-se a farinha de pau com água fria, para desfazer, assim fica sem grumos. O segredo é bater bem nesta parte. Junta-se esta mistura ao tacho anterior. Vais mexendo e se achares que é necessário podes juntar mais água, da tal que se aquece à parte. Há pessoas que gostam de uma textura mais consistente, outras mais líquida… por isso juntam essa água conforme o seu gosto. Quando começar a fazer uma espécie de bolhas quer dizer que está cozinhada. Pode-se juntar a fonte proteica que se quiser – eu juntei tofu em pedaços logo no início, com a cebola e o tomate. No final aromatiza-se com umas folhinhas de hortelã e está pronto a servir e a saborear. Escreve aí: não se mistura a água de uma vez, deve-se ir mexendo e ir juntando à medida que for necessário, aos pouquinhos. Com paciência e amor. E depois vem a partilha – numa mesa bonita e sem telefones pelo meio, não é? (Pensei que vinha a “Ana Luísa ” outra vez, mas sorri-lhe com os olhos e derreteu-se num sorriso bom, mas bom!)

Ah, ternura boa esta que é ter um colinho de mãe.

Gostaram? Vão preparar para vocês? Para os vossos filhos, maridos, mulheres, pais… contem, para quem?

 

Este empadão é digno de um dia de festa, em que a mesa tem que estar perfeita e o sabor também!

 

Empadão de beterraba (3 pessoas)

150g tofu
4 colheres de sopa de grão-de-bico cozido
1 cebola
1 dente de alho
1/2 pimento vermelho
1 colher de sopa de azeite
q.b. noz moscada
q.b. tomilho
beterraba
1 taça de couve flor cozida, em pedaços
q.b. salsa
Programei o forno a 180 graus.
Cozi a beterraba, com a casca.
Coloquei o azeite num wok juntamente com a cebola e o alho cortados em rodelas finas. Adicionei o pimento cortado em tiras e levei ao lume, sempre baixo. Deixei cozinhar, cerca de 10 minutos, adicionei o tofu cortado em cubos e temperei com tomilho. Cozinhou até o tofu ficar a gosto e, antes de desligar envolvi o grão-de-bico.
Entretanto, descasquei e cortei a beterraba em pedaços e transformei-a em puré juntamente com a couve-flor. Temperei com noz moscada.
Forrei uma forma com papel vegetal e dispus 3 camadas: uma de puré, no meio a mistura de tofu e, por cima, o restante puré.
Levei ao forno cerca de 25 minutos. Retirei e, depois de arrefecer ligeiramente, desenformei e servi polvilhado com salsa picada.

A mãe Bravo não falha, eis a receita  exactamente como me ditou:

“Cebola, louro, alho… Ana, escreve: bastante cebola às rodelas: uma camada. Mais uma camada de batatas, também às rodelas, depois uma de tomate fresco partidinho aos cubinhos. [Dois “inhos” na mesma frase, que maravilha!] Entra o tofu esfarelado, outra camada de cebola e outra de batata. Quem gostar pode pôr pimentos de várias cores. Rega-se bem com azeite [agora já diz esta parte sem falar mais baixinho, só me olha com aquele ar de mãe reguila com olhos de amor] e deixa-se cozinhar lentamente, agitando o tacho para não pegar. Quando começar a ferver passar para o mínimo é cozinha sempre assim, em lume brando.”

É um amor esta mãe Bravo e a sua cozinha saudável e feliz, não é?