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Sabiam que:
– durante a preparação culinária, no processo de trituração do tomate, a acção mecânica sobre as suas membranas tornam o seu poderoso antioxidante (licopeno) ainda mais disponível?
– a sua junção com o azeite aumenta o seu potencial antioxidante?
O tomate é um fruto que, por ter propriedades nutricionais mais parecidas com as dos hortícolas, faz parte desse grupo da Roda dos Alimentos.
Muito presente na Dieta Mediterrânica, a sua versatilidade culinária permite que melhore vários pratos como arroz, açordas, estufados, assados, sopas, saladas… É um alimento pouco calórico e tem um teor de fibra interessante.
Riqueza nutricional de destaque:
– minerais: potássio, magnésio, fósforo
– vitaminas: A e beta-carotenos (licopeno- falei sobre ele acima, lembram-se?), C e E
Benefícios para a saúde:
– Actividade antioxidante
– Efeito cardioprotector
– Redução dos níveis de mau colesterol e da sua oxidação
– Diminuição da pressão arterial
– Efeito anticarcinogénico (sobretudo cancro próstata)

O Canal Nutrição com ♥️ do Jornal de Notícias esteve à conversa com Beatriz Gosta . A Marta Bateira é admirável: ora uma companhia serena enquanto Marta, ora uma explosão de vitalidade e alegria – como todos a conhecem – quando veste a pele de Beatriz Gosta.
Quisemos saber quais os seus alimentos preferidos e ela contou-nos tudo!
Não tarda partilho mais. 😊😊

Pode assistir ao vídeo na íntegra clicando aqui.

Há cerca de um mês saiu um artigo na Revista Cell Reports que dava conhecimento da descoberta de uma nova molécula capaz de alterar a pigmentação da pele, sem a necessidade de exposição solar, que sabemos que poder ser cancerígena, quando em exagero. No final do artigo pode ler-se, no entanto, que as alterações provocadas por esta nova molécula ainda têm de ser muito bem estudadas em laboratório e em humanos, pois não se conhecem com rigor todos os mecanismos envolvidos, nem as reacções do organismo à sua acção por períodos prolongados. Colocam mesmo a hipótese de as alterações causadas serem irreversíveis e por isso serem elas mesmo cancerígenas.

Ora claro que esta é a altura ideal para vos escrever sobre o efeito da nutrição e alimentação na saúde da nossa pele

Todas as tentativas hoje em dia vão no sentido de se procurar a todo o custo um bronzeado natural e uniforme, de preferência que dure o ano inteiro. Convém no entanto perceber que o bronzeado natural resulta de uma reacção da pele à exposição solar, como forma de a proteger dos efeitos agressivos da radiação UV. Apesar do nosso país estar à beira mar plantado e ser bastante solarengo, nos meses de Outono e Inverno a intensidade dos raios UV raramente é suficiente para esta “pigmentação extra” que tanto ansiamos, até porque a área da pele que está exposta é consideravelmente menor. Tal não invalida que não devamos ter os maiores cuidados com a mesma, incluindo cabelo e unhas, para que, quando o sol volta a espreitar, haja as condições necessárias ao tal saudável ganho de coloração. A pele, cabelo e unhas com o aspecto mais saudável são aqueles que estão bem nutridos, ou seja, que dispõem de todos os nutrientes necessários para se proteger das agressões constantes do meio exterior e do normal processo de envelhecimento.

Esses nutrientes são as vitaminas A (e beta-caroteno), B12, C, E e niacina, bem como os minerais zinco, selénio e ferro e as gorduras essenciais (ómega-6 e ómega-3). Tenhamos atenção que tanto o défice como o excesso destes nutrientes podem causar alterações na estrutura, coloração, resistência, capacidade de cicatrização, hidratação, etc. Comecemos então por uma correcta nutrição!

Uma ingestão elevada de alimentos açucarados está relacionada com o maior risco de aparecimento de acne. Por outro lado, uma ingestão muito reduzida de hidratos de carbono e proteínas pode originar uma desnutrição que afecta a integridade das estruturas da pele, bem como a sua resposta imunitária aos microorganismos do exterior, ficando mais expostos a possíveis feridas ou infecções da pele. Assim, devemos escolher bons hidratos de carbono, reduzindo os açúcares simples: cereais integrais, frutas, hortícolas e lacticínios; e devemos completar 2 ou 3 refeições do dia com proteínas: laticínios, leguminosas, ovos, carnes magras e o pescado (variando entre magro ou gordo).

O défice de gorduras essenciais, ou um desequilíbrio na proporção entre omega-6 e omega-3, pode originar uma maior perda de água por dificuldade da pele em a reter através dos poros, entre as várias camadas de pele. Estas gorduras são influenciadoras de inflamação, pelo que uma ingestão muito maior de omega-6 do que de omega-3 resulta num estado aumentado de inflamação. Isto é bem patente hoje em dia através da ingestão muito reduzida de pescado e mais elevada de óleos vegetais, produtos de soja e muitos produtos processados. A psoríase, por exemplo, é agravada por esta desproporção de ingestão, por isso coma mais peixe, especialmente se sofre desta condição.

A dermatite herpetiforme é melhorada pela exclusão do glúten da dieta, enquanto a dermatite atópica e a urticária beneficiam da redução de ingestão de ovos, leite, amendoins, pescado, trigo, soja e marisco.

Como já foi referido, o excesso nutricional também pode causar alterações de pele. O exemplo mais clássico é a tentativa exagerada de ingerir alimentos ricos em vitamina A (e beta-carotenos: cenouras, tomates e derivados, melão) na esperança de que a pele fique muito pigmentada (melanina) e durante muito tempo. O resultado é uma pele amarelada pelo excesso de carotenóides porque a partir de certa quantidade já não é possível estimular mais a produção de melanina, a não ser pelo exposição solar. Para optimizar a cicatrização de feridas e melhorar a saúde de cabelos e unhas, a alimentação deve ser reforçada em zinco, selénio e ferro, e vitaminas A, C, E e K; todos pelo seu papel antioxidante e basal na construção e manutenção dos tecidos. Ingerir em demasia não confere maior protecção e por isso não faz com que possamos estar mais minutos expostos ao sol.

O café, o chá e outras bebidas quentes, o chocolate, as bebidas alcoólicas, as comidas picantes, o junk food resultam na rosácea e no aumento de crises inesperadas de pequenas lesões de pele, especialmente em peles atópicas.

Curioso não é? Parece que quase todas situações vão resultar no mesmo: basear a alimentação em cereais e derivados integrais, frutas e hortícolas, com um bom aporte de proteína, especialmente proveniente de laticínios e carnes magras e pescado gordo. A hidratação é o complemento ideal e a exposição da pele a quantidades naturais e bem doseadas de radiação UV o bronzeador mais eficaz. 

 

 

Imagem retirada de: http://static.vix.com/

Parecendo que não se aplica à nossa realidade, nada melhor do que ler o que se passa noutros países para nos fazer pensar. 

Um estudo publicado há uns dias refere os métodos de confecção típicos dos países da zona sul da Ásia e comenta a utilização de óleos para fritar, a frequência de consumo de alimentos fritos e salteados assim como as temperaturas de cozedura. Como referido nesse artigo, não é novidade que os óleos que utilizamos para cozinhar devem ser de boa qualidade nutricional (azeite, óleo de linhaça ou de amendoim), e que o tempo e temperatura de cozeduras devem ser os menores possível. Obviamente, por contraste, também é verdade que, para se conseguir cozinhar um alimento em algum tipo de gordura, tal terá terá que acontecer a uma temperatura superior a 150ºC, o que significa que, mesmo estas boas gorduras, se irão deteriorar e resultar num acréscimo não só de calorias, mas também de má gordura e outros compostos que entretanto são criados e acrescentados ao produto final. Tal significa que estamos a elevar o potencial carcinogénico e de afectação cardiovascular da nossa alimentação!

Então o que temos de fazer, será a solução ingerir apenas alimentos grelhados e cozidos? Bem, isso seria o ideal, se o grelhado não fosse feito até o alimento ficar com as marcas escuras da grelha e o cozido fosse a vapor. Tal significaria que dominávamos as técnicas de conservação, preparação prévia e tempero e que pouca cozedura seria necessária subsequentemente para termos o alimento pronto a consumir.

Não terá que ser assim. O objetivo é principalmente alertar que as gorduras não são todas iguais, não têm a mesma proporção de bons e maus ácidos gordos (ómega-3 e ómega-6/saturados/trans, respectivamente), e que a temperatura afecta a composição nutricional (proteínas, açúcares, vitaminas e minerais) do alimento, bem como das gorduras em que o cozinhamos.

Assim, recomenda-se que a ingestão de alimentos ricos em gorduras saturadas (origem animal), ómega-6 trans (óleos vegetais, bolos/biscoitos, bolachas, fritos de forma geralseja mais reduzida e que a ingestão de alimentos ricos em ómega-3 (peixes gordos, frutos oleaginoso e sementes) seja superior. Desta forma, o saldo pró- e anti- “inflamatório” destes componentes será favorável à saúde humana.

Voltando ao artigo, o que se passa na China, por exemplo, é sintomático do cenário atual: a ocidentalização dos hábitos alimentares leva a crescentes taxas de obesidade, diabetes, hipertensão, cancro e doenças cardiovasculares. Há cada vez mais evidência científica (e por isso menos dúvidas) que a alimentação tem um papel preponderante neste binómio saúde-doença. Os hábitos alimentares enraizados de algumas culturas do sul da Ásia e médio oriente (elevado consumo de fritos, em maus óleos) também contribuem para taxas elevadas destas doenças.

Aconselho que leiam os rótulos, se informem sobre o que se vão ingerir, cozinhem menos tempo, a menores temperaturas e, assim, melhor! Que se invista na educação, no gosto pela cozinha, dando atenção também a todos os passos prévios à cozedura! Deixem-se os hábitos de cozinha rápida e pré-cozinhada, pobre nutricionalmente e até mesmo nociva por ser rica nestas gorduras e não só …

Veja a notícia na íntegra aqui.

Quando li esta notícia (pode ler aqui na íntegra), pensei que poderia ser interessante poder alterar o sabor dos alimentos de que não gostamos, para os conseguirmos incluir na nossa alimentação.
Por outro lado… Algo se perderia necessariamente… Os nossos sentidos são a interface entre o nosso organismo e o meio onde nos inserimos e perder a possibilidade de o conhecer tal como é, poderá ser também perder a oportunidade de aprender a gostar. Sim, certamente já lhe aconteceu, com algum alimento… A minha melhor amiga não conseguia comer tomate cru, quando era criança. Um dia, já adulta, provou e agora come muitas vezes, com agrado. O meu irmão Pedro não tolerava cogumelos, esteve anos sem sequer consentir que lhe caísse um no prato e um dia alguém o convenceu a experimentar- adorou!
Outro facto comprovado, nas crianças é que, para começarem a gostar (ou a habituar-se) a um sabor que recusam, podem ter que contactar com o mesmo, preparado e apresentado de diferentes formas, várias vezes (há quem fale em 15 vezes). Se, ainda assim continuarem a recusá-lo, provavelmente é porque não toleram realmente aquele sabor. Então, caberá aos pais, juntamente com o nutricionista, saber substitui-lo.
Aquilo que nos agrada ou desagrada também faz parte de nós e define-nos como indivíduos. Penso que talvez existam situações específicas em que alterar o sabor dos alimentos para os conseguirmos ingerir possam ser benéficas. Por exemplo, uma situação clínica em que a criança só possa ou deva mesmo comer alimentos que recusa; ou em situações de dietas de emagrecimento, para tentar enganar o desejo por certos alimentos. Bom, mesmo nesta última situação, talvez estivéssemos apenas a alimentar um mau vício de um modo diferente… Isto tem que se lhe diga!