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CAFÉ

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Parece haver evidência científica suficiente para afirmar que quem bebe café, comparado com quem não bebe:
1. tem menor probabilidade de ter diabetes, demência e doença da Parkinson
2. tem menos episódios de AVC, enfartes, e probabilidade de ter alguns cancros
São mais as boas notícias do que as más notícias, no que diz respeito ao consumo de café e a saúde.
Mas convém reforçar a ideia de que o café não evita o aparecimento destas doenças. Nenhum estudo coloca um grupo de pessoas a beber café e outro grupo a não beber, e aguarda 10 ou 20 anos à espera de ver quem desenvolve estas doenças.
Os estudos mostram que há uma menor percentagem destas doenças nas pessoas que bebem café. Possivelmente estas pessoas também são as que praticam mais exercício e têm uma dieta geral mais saudável, ou até uma carga genética que lhes é mais favorável. Os estudos atuais não permitem estabelecer uma relação causa-efeito entre o consumo de café e o aparecimento de doenças.
Nos próximos parágrafos tenha em consideração que “uma chávena de café” tem cerca de 240ml de café solúvel e 100mg de cafeína. Se quiser comparar com a toma de café “expresso” (bica ou cimbalino), o conteúdo de uma chávena (“curta”) é de cerca de 30ml de café e 65mg de cafeína (café cheio seriam 60ml, ou seja, 130mg de cafeína).
Diabetes
A evidência parece ser muito robusta sobre esta matéria: beber mais do que 2 chávenas de café por dia reduz 25-35% o risco de ter diabetes, independentemente do peso corporal, idade ou género. De facto, parece que por cada chávena de café o risco de ter diabetes reduz em 5-10%. E isto é válido para o descafeinado e para o chá. Ou seja, não é a cafeína que produz este efeito, é o conjunto de antioxidantes (compostos fenólicos, presentes em maior quantidade quando o grão acabou de ser moído), vitaminas (niacina e vitamina E) e minerais (magnésio, potássio e crómio) que estão presentes nesta bebida.
Doenças cardio e cerebrovasculares
Um dos grandes responsáveis pelo risco de doença cardíaca e AVC é a diabetes. Ora, sobre esta condição, já vimos que o café tem um efeito protetor.
Para além desta proteção, o café também parece ter um efeito estabilizador do ritmo cardíaco (que é um fator de risco para AVC e enfarte) e um efeito protetor para o AVC diretamente. Quem bebe mais do que 1-3 chávenas de café por dia têm 20% menos risco de ter alterações do ritmo cardíaco e/ou AVC, independentemente da presença de hipertensão, colesterol elevado ou mesmo diabetes.
Doença de Parkinson e Alzheimer
Sobre estas condições a evidência parece ser também bastante consistente: o consumo elevado de café (mais de 3 por dia) reduz o risco de doença de Parkinson e reduz em 65% o risco de desenvolver demência ou doença de Alzheimer.
Cancro
Este é um campo mais controverso. Apenas parece evidente o fator protetor sobre o cancro do fígado e do intestino. Sobre os restantes o efeito não é claro. Quem bebe café tem menos episódios de cirrose hepática e cancro do fígado. Mais uma vez não se consegue estabelecer uma relação causa-efeito. Parece que há determinados tipos de cancro de mama (depende da mutação genética em causa) que poderão beneficiar do consumo de café. Relativamente ao cancro da próstata e bexiga, não há resultados conclusivos, tal como em relação ao cancro do pulmão e do pâncreas.
Saúde óssea
A ciência atual não encontra evidência para que o consumo de café tenha efeitos adversos na saúde óssea, apesar de a cafeína com o seu efeito diurético possa influenciar a excreção de cálcio e magnésio. O que acontece e está demonstrado em alguns estudos é que o consumo de laticínios e outros alimentos que são importantes fornecedores de cálcio diminui com a idade, enquanto o consumo de café se mantém, ou até poderá aumentar. Este desequilíbrio de consumos pode condicionar a saúde óssea, mas enquanto se mantiver o consumo de cafeína dentro dos limites de 300-400mg/ dia e o de cálcio entre 800-1000mg/dia, o risco de diminuição da densidade mineral óssea ou do risco de fraturas do colo do fémur não se altera.
Até que quantidade é considerado seguro beber cafeína por dia?
Algumas sociedades científicas internacionais referem que 400mg para adultos é o limite considerado seguro para a saúde humana e até onde as vantagens e benefícios superam os possíveis riscos. Em Portugal, o consumo máximo recomendado pelos organismos científicos e profissionais (apresentado na “Roda dos Alimentos”, em 2003) é de 300mg/dia. Este consumo de 300mg/dia é também o mais seguro para idosos e mulheres pós-menopausa.
Grávidas e aleitantes devem reservar o seu consumo até as 200mg por dia, sem isso acarretar qualquer perturbação do normal desenvolvimento fetal.
Para adolescentes esta quantidade é de apenas 100-120mg/dia e para crianças o ideal é “zero”, sendo o limite máximo recomendado de 30-40mg/dia.
(quantidade de cafeína: 100g de chocolate (5 a 35mg); 330ml de refrigerantes e/ou bebidas energéticas (30-50mg).

O “lanche misto” é consumido, muitas vezes, como uma alternativa rápida numa refeição principal ou numa merenda

No Canal Nutrição com ❤️ do Jornal de Noticias preparámos três opções mais saudáveis, tanto para prato principal como para merendas, com mais ou menos as mesmas calorias do dito “lanche misto”.

Um lanche misto tem cerca de 287 kcal – no final de cada opção abaixo, encontram o seu valor calórico.

REFEIÇÃO PRINCIPAL – Creme de ervilhas com pataniscas de legumes

– 1/2 cebola
– 300g couve flor
– 1 chávena ervilhas

– Cozi os legumes em pedaços e transformei-os em puré (ajustando a consistência com água, se necessário).

– 1 cenoura ralada
– 1/2 cebola picada
– 70 couve flor ralada (ou outro legume, cortado finamente)
– 1 colher sopa sementes chia
– 3 colheres sopa farinha aveia
– 1 colher café de noz moscada

– Misturei todos os ingredientes numa taça.
– Reservei durante 15 minutos antes de cozinhar porções numa frigideira antiaderente, de ambos os lados. (Rende 3 ou 4 unidades)

Estas pataniscas + 150g de sopa têm aproximadamente 282kcal

MERENDA – com mesmas calorias poderia optar por:

– 1 iogurte natural (125g)
– 1 banana (100g)
– 10g miolo de amêndoa
(aproximadamente 225 kcal)

ou

– 1 fatia (46g) pão integral
– 1 fatia queijo (30g)
– 1/2 maçã
(aproximadamente 282 kcal)

Podem ver o vídeo completo no Canal – deixo o link: Três refeições com as mesmas calorias de um lanche misto (jn.pt)

Bom dia, sorrisos-luz!
Agora digam-me lá…
O pudim tem ar – e é – delicioso, isso eu sei, nem preciso de vos perguntar.
Mas a equipa do Canal Nutrição com ❤️ do Jornal de Notícias canta ou não canta muito bem?
Este pudim 🍮 prepara-se com pão 🥖 dos dias anteriores, é vegan (basta escolherem bebida vegetal), não tem açúcar adicionado… delicious!
—— Pudim de nozes, tâmaras e alperces ——
👩🏽‍🌾
– 25g miolo de noz
– 25g tâmaras sem caroço
– 25g alperces secos
– 1 laranja
– 1 colher café de canela
– 1 colher de café de gengibre em pó
– q.b. stevia
– 4 chávenas de pão duro picado
– 2 +1/2 chávenas de leite (ou bebida vegetal)
– q.b. redução de frutos vermelhos
– Programei o forno a 18 graus.
– Untei uma forma de pudim com margarina e polvilhei com stevia (pode usar uma forma de silicone).
– Piquei as tâmaras e os alperces, juntei algum sumo de laranja e reservei.
– Entretanto, bati (usei varinha mágica mas pode ser num liquidificador) o leite com o pão, as especiarias, as raspas de uma laranja e adocei a gosto com stevia.
– Deixei a mistura repousar 5 minutos e envolvi as nozes picadas e os restantes frutos secos.
– Transferi o preparado para a forma e levei ao forno, em banho-maria, onde cozeu durante cerca de 40 minutos (o teste do palito funciona sempre).
– Depois de frio, desenformei e servi com uma redução de frutos vermelhos, enfeitado a gosto.

É época de abóboras e, por isso, proponho uma receita com este alimento tão típico desta estação.

Para vocês e só para vocês, doces sorrisos-luz, aqui fica tudo o que precisam para preparar uma belíssima Tarte de Abóbora e Aveia.

As quantidades que vos deixo dão para 8 pedaços ou para mais -partilhar é tãaaaaaao bom!

 

Então vamos aos ingredientes:

120g puré de abóbora
90g flocos de aveia
180ml bebida vegetal
1 colher de sopa de sementes de chia
1 colher de sopa (rasa) de manteiga de amendoim
2 colheres de sobremesa de xarope de agave (ou mel)
1 colher de café de gengibre em pó
1 colher de café de noz moscada
1 colher de café de canela em pó
120g ricota (ou mascarpone) ou versão vegetal
q.b. oleaginosos para decorar
E agora, a receita, pois está claro:
Programei o forno a 190 graus.
Numa taça misturei os flocos de aveia com as sementes de chia, as especiarias, o puré de abóbora, a manteiga de amendoim, uma colher de sobremesa de xarope de agave e a bebida vegetal.
Transferi este preparado para uma forma untada e levei ao forno cerca de 35 minutos (ou até estar cozinhado).
Depois de arrefecer barrei com ricota no qual envolvi uma colher de sobremesa de xarope de agave (que é opcional) e decorei com amêndoas e avelãs.
Hoje falo-vos de contaminação alimentar, nomeadamente de um contaminante específico: a acrilamida.
O que é? Deixo-vos a descrição de Luísa Ramos Bordajandi, farmacêutica da EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos): “A acrilamida é formada a partir de açúcares e aminoácidos, principalmente um chamado asparagina, que estão naturalmente presentes em muitos alimentos. E embora seja praticamente impossível eliminar a acrilamida dos alimentos amiláceos cozinhados, é possível reduzir as quantidades nos alimentos através de uma cozedura mais cuidadosa e variada.”
Além dos cuidados caseiros que vos sugiro no vídeo, deixo alguns produtos alimentares que podem conter acrilamida:
– feitos de cereais, tais como cereais de pequeno-almoço, bolachas, torradas e café
– produtos de batata e/ou batata doce como batatas fritas.
Vamos ter cuidados na cozinha e fazer boas escolhas!
Este é um conselho da EFSA e da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) no âmbito da campanha #EUChooseSafeFood, potenciando a literacia alimentar e a consciencialização da confiança na Ciência que existe por detrás de uma alimentação segura.