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CAFÉ

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– Na Europa o rótulo de café descafeinado só é atribuído ao café que tem 99,9% da cafeína removida. Ainda assim o teor médio de cafeína pode rondar os 1-5mg. Alegou-se no passado que o descafeinado não era seguro para a saúde, mas actualmente o processo de extração da cafeína torna o produto final seguro.

– O carioca de café é o café obtido com a mesma borra já usada noutro café. Há também quem peça um “café sem princípio”, o que significa uma versão intermédia entre o café e o carioca, pois rejeita-se apenas as primeiras pingas de café que saem da máquina. Em qualquer um destes casos é incerta a quantidade de cafeína presente, mas estima-se que seja metade (ou inferior) relativamente à do primeiro café tirado.

– Como o componente interessante para a saúde, nestas bebidas, é a cafeína, a ingestão destas alternativas poderá ser útil para quem tem problemas gastrointestinais ou fica demasiado estimulado com a cafeína (por ter grande sensibilidade à mesma), por exemplo.

Já falámos sobre o café e as propriedade da cafeína, podem ler aqui.

Contem-nos, preferem carioca de café ou descafeinado?
Ou não dispensam mesmo o cafezinho? (já sabem que adoro os “inhos” a que a mãe Bravo me habitua).

Não vão acreditar no que descobri! Esta receita tem apenas 3 INGREDIENTES e um deles é água! Os outros: café solúvel e stevia.

Uma bela forma de ter o saborzinho a café com a textura macia e fofa da mousse.

Incrível, não é?

Ingredientes (3 taças)
q.b. stevia
1/2 chávena de chá de café solúvel
1/2 chávena de chá de água quente
Preparação
Misturei todos os ingredientes numa taça e bati durante cerca de 10 minutos, com a batedeira, até obter um creme firme e fofo.
Servi fresco.

Para quem gosta de café e chocolate, esta receita nunca falha! O cheirinho e o sabor, numa opção fresca.

Ingredientes (2 pessoas)

200 ml queijo quark

q.b. stevia

3 c. sopa café quente

1 folha de gelatina

q.b. chocolate + 70% cacau para enfeitar

Comecei por hidratar a folha de gelatina em água fria.

Derreti-a no café quente e misturei com o quark, adoçando a gosto com stevia, neste momento.

Coloquei a mistura numa taça e levei ao frigorífico (pelo menos 5 horas).Servi polvilhado com raspas de chocolate.

Café
Os seus efeitos dependem da sensibilidade individual e as vantagens são para quem consome cronicamente.
Vantagens:
– é rico em muitos compostos benéficos e não apenas em cafeína, tais como vitaminas, minerais e compostos fenólicos. O café é, aliás, a maior fonte de ingestão de polifenóis da dieta europeia, contribuindo para cerca de 40% da mesma e estes, como antioxidantes que são, reduzem o stress oxidativo (provocado por uma série de factores a que o organismo está exposto, tais como a poluição, o stress, a má alimentação, entre outros) e diminuem a inflamação crónica;
– aumenta os níveis de atenção, melhorando a actividade física e intelectual e reduzindo a sensação de fadiga;
– a sua ingestão contínua reduz a probabilidade de ter diabetes, demência e doença de Parkinson, os episódios de AVC, enfartes, bem como a probabilidade de ter alguns cancros, nomeadamente do fígado.
Desvantagens:
– não deve ser ingerido por crianças e jovens;
– deve ser ingerido com cautela, por grávidas;
– o seu excesso (mais do que 4/dia) pode provocar ansiedade, insónia, tremores… (Há pessoas que ingerem café como um acto social ou como motivo de pausa no trabalho, facilmente ultrapassando estas doses.);
– a cafeína reduz a absorção de ferro, devendo haver um intervalo entre a refeição e a toma de café de cerca de 3-4horas, ou o café ser tomado até 1h antes da refeição;
– pode provocar habituação, ou seja, a privação do seu consumo habitual pode causar sintomas, que desaparecem normalmente ao fim de três dias;
– uso de açúcar, muitas vezes associado ao consumo.
– não terá efeitos adversos na saúde óssea desde que se mantenha uma boa ingestão de alimentos ricos em cálcio (sobretudo idade geriatrica).

 

Chocolate

Vantagens:

Estão associadas ao cacau, um fruto rico em antioxidantes (também os polifenóis), cafeína, teobromina, minerais como o magnésio (motivo que leva tantas vezes as mulheres a procurarem-no na fase pré-menstrual) e vitaminas. Assim, as vantagens existem se se escolher um chocolate mais rico em cacau e com pouco açúcar.

– a presença de antioxidantes tem as vantagens protectoras do organismo parecidas às apresentadas para o café

– efeito estimulante (devido à cafeína sobretudo, mas também à teobromina);

– riqueza em triptofano e libertação de hormonas associadas ao prazer, como a serotonina e a dopamina

 

Desvantagens:

– elevado valor calórico/ tendência a consumir em excesso. Se se procurarem versões com mais cacau e adoçadas com stevia, não há porque não incluir um quadrado de chocolate por dia);

– a sua gordura é maioritariamente saturada (embora o seu impacto no colesterol não seja tão grande como seria de esperar, devido à presença de outros compostos, que contrabalançam este efeito).

O “café turbinado” é mais uma invenção que está na moda.

☕ O que é, afinal?

☕ Quais os pressupostos associados?

☕ O seu uso faz sentido?

 

O “café turbinado” é mais uma invenção que está na moda. O que é, afinal? É uma mistura de café com uma fonte de gordura, a maior parte das vezes óleo de coco. A teoria por trás desta conjugação de alimentos é a de que a gordura torna a absorção de cafeína mais lenta, prolongando assim os seus efeitos. Ou seja, dito por outras palavras, a sensação de energia provocada pela cafeína é sentida durante mais tempo. A somar a este efeito, tem-se o efeito saciante da gordura, neste caso, o óleo de coco, o que implica que a pessoa aguenta mais horas sem ter vontade de comer. Estes são os princípios em que os seguidores desta mistura creem.

Podíamos fazer aqui uma pequena resenha histórica, alegando que esta mistura foi criada por um empresário, numa das suas muitas viagens, uma delas pelo Tibete. Ali, o hábito de oferecer chá de manteiga aos viajantes tem o propósito de lhes dar uma bebida quente e energética para o árduo caminho que têm pela frente. Ora como empresário que é, Dave Asprey, criou a sua própria variante, juntando os efeitos benéficos do café, com os da gordura da moda, o óleo de coco (há quem faça esta mistura com óleo de coco e manteiga, ou com MCT e manteiga). Inclusivamente, Dave Asprey criou uma marca própria com esta mistura de gorduras com café, alegadamente mais puros e isentos de manipulação artificial e/ou industrial.

Na verdade, nada disto foi provado até ao momento. Ao fazer uma breve pesquisa sobre esta opção alimentar, a verdade é que não se encontra um único estudo científico publicado em nenhuma das bases de dados de artigos científicos existentes, que prove ou refute qualquer uma das alegações que é feita, por isso vamos apenas aos factos que são conhecidos.

Quais são, então, os objetivos de usar esta mistura alimentar? No meu entender vejo apenas um objetivo possível:

A “moda” da fuga aos hidratos de carbono como fonte energética e incentivo a uma espécie de jejum intermitente

Mas esta abordagem peca por vários defeitos:

1- ingerir gordura não parece atrasar a absorção da cafeína, pois a cafeína é hidrossolúvel e tem uma biodisponibilidade de 99-100%, ou seja, é totalmente aproveitada pelo organismo entre 15 e 45 minutos após a sua ingestão;

2- a duração dos efeitos da cafeína (3 a 5 horas) não é influenciada pela ingestão de alimentos, mas sim por outros factores, como a genética, problemas renais ou hepáticos, ou hábitos tabágicos; ou seja, a sensação prolongada de energia e ausência de apetite relaciona-se com os corpos cetónicos resultantes do metabolismo das gorduras;

3- o óleo de coco é rico em gordura de cadeia média (mas não é 100% de cadeia média), e o seu metabolismo tem sido alvo de estudo,mas não apresenta vantagens quando comparado com alguns óleos e azeite;

4- os MCT são 100% gordura de cadeia média, apresentando uma bioquímica e metabolismo mais protector de doença cardiovascular, mas os estudos sobre estes efeitos são também ainda inconclusivos para que se possa recomendar o seu consumo diário;

5- ingerir gordura como fonte energética é possível nas dietas cetogénicas, nas quais não se substitui os hidratos de carbono apenas numa refeição, mas sim em todas; ou seja, um café turbinado por si só, não fará o metabolismo energético da pessoa utilizar essa gordura como fonte energética o resto do dia, mas sim apenas nesse momento inicial;

6- um pequeno-almoço com cerca de 400-500 calorias, baseadas num nutriente único, não parece ser muito equilibrado;

7- o paladar deste pequeno-almoço pode não ser o mais consensual entre o público-geral.