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Alimentação e Nutrição

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Dia detox: moda ou necessidade?
No Canal Nutrição com Coração do Jornal de Noticias esclarecemos.

O processo de desintoxicação é vital e acontece naturalmente através de alguns órgãos do nosso organismo. Assim sendo, fará sentido fazer um dia detox?

Sugiro que vejam o vídeo completo no Canal – deixo o link:

👀 https://www.jn.pt/artes/especial/videos/dia-detox-moda-ou-necessidade-a-nutricionista-ana-bravo-esclarece–15045446.html

Vamos abordar o tema “higiene alimentar”, no âmbito da campanha de segurança alimentar #EUChooseSafeFood lançada através de uma feliz parceria entre a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) e aEFSA (European Food Safety Authority). Este tema da segurança alimentar revestiu-se de particular importância na década de 90, depois de alguns surtos que trouxeram complicações de saúde e que levaram a União Europeia a criar em 2002 a EFSA, de forma a haver uma entidade responsável por todos os aspectos relacionados com a higiene e a segurança alimentar ao longo da cadeia alimentar a nível europeu. Ora esta cadeia termina no consumidor e não há legislação possível que regule o que cada um faz em sua casa. No entanto, há algumas noções base que convém que todos tenhamos. Vamos então aprender mais acerca do efeito da temperatura sobre os nutrientes.

Porque cozinhamos a comida? Facilmente se compreende que será para a tornar mais digestível e para a tornar mais segura sob o ponto de vista do risco de eventual contaminação, pois a temperatura ambiente é favorável à propagação de microrganismos. Alguns alimentos (como a fruta e alguns hortícolas) podem ser consumidos crus – para isso é necessário que sejam primeiro bem lavados e desinfectados, também para evitar esse perigo.
As temperaturas utilizadas na confecção devem garantir essencialmente que o interior do alimento atinge  uma temperatura mínima de 65ºC durante mais de 15 segundos. Porquê?
Porque essa é a temperatura que, para a generalidade dos microrganismos, é incompatível
com a sua sobrevivência, tornando dessa forma o alimento seguro. Como fazê-lo? Cozinhando-o durante o tempo suficiente, a uma temperatura adequada, de forma a que o interior do alimento fique cozinhado, sem estragar o exterior. Há vários métodos de confecção: cozidos (em água ou vapor), grelhados, assados, estufados, etc. Os métodos que utilizam a água como condutor de calor cozinham o alimento a temperaturas que rondam os 100ºC, excepção feita ao vapor de água (e às panelas de pressão), que preserva quase todos os nutrientes, excepto a vitamina C. O curto espaço de tempo em que o alimento cozinha (máximo de 15 minutos), bem como o aproveitamento da água de cozedura, permitem que se aproveite o máximo valor
nutricional dos alimentos uma vez que nem todas as vitaminas existentes inicialmente terão tempo de ser destruídas pela temperatura e nem todos os minerais, que saem do alimento com o calor, serão perdidos. No caso de cozer em água deve deixar ferver bem a água e só depois colocar o alimento, para reduzir o tempo de contacto com a alta temperatura.
Os alimentos cozinhados na grelha ou na chapa têm a desvantagem de ser cozinhados directamente numa superfície quente, sem nenhuma substância a intermediar esse contacto.
A temperatura de cerca de 200ºC (ou mais) atingida por essas superfícies em contacto com o alimento vai provocar a desnaturação das proteínas e a formação de substâncias como as aminas heterocíclicas (parte escura) e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (nos fumos), ambos responsáveis pelo risco acrescido de cancro. Desta forma, é necessário ter muita cautela com esta forma de confecção, para evitar “queimar” a carne, o pescado ou outros alimentos e caso aconteça, devem remover-se as partes carbonizadas.
Os alimentos assados no forno também estão sujeitos a temperaturas tipicamente bastante elevadas durante um longo tempo (aproximadamente 1 hora). Uma forma de contrariar esta questão é reduzir a temperatura e deixar cozinhar mais tempo: estes cuidados reduzem as perdas vitamínicas e o risco de formação dos compostos cancerígenos, preservando assim o valor nutricional e a segurança do alimento.
Depois de cozinhados os alimentos devem manter-se à temperatura de 65ºC até serem consumidos. Ou pelo menos deve evitar-se que fiquem expostos ao ar e à temperatura ambiente por mais do que 90 minutos, pois vão oxidar e potencialmente ser contaminados por microrganismos.

Bom dia!

Hoje o tema é
—————— Celulite  ———————

O nome celulite refere-se a um quadro inflamatório do tecido adiposo subcutâneo que provoca alterações do relevo da pele, ficando com um aspecto ondulado.

Na verdade, as células de gordura são como uns balões que vão enchendo (quando engordamos, mesmo que sejam uns quilinhos transformados em gordura localizada) e o seu volume pode empurrar a pele de forma irregular devido à forma dessas células e à cedência desigual das fibras que constituem a pele, formando, em primeira instância, o tão indesejável aspecto “casca-de-laranja”.

Ou seja, nem sempre a gordura localizada decorre com inflamação, não sendo nesse caso celulite, mas sim “casca de laranja”.

A celulite não é apenas um problema estético, que abala a auto-estima das mulheres, podendo ser mesmo um sinal de que o organismo precisa de ajuda.

O primeiro passo passará, portanto, por fazer uma “limpeza” do organismo, olhando mais à qualidade dos alimentos que ingerimos a longo prazo e não apenas com um “detox” com os dias contados. A hidratação também é de extrema importância, claro.

Vamos então aos pontos fundamentais a ter em consideração:

1) Melhorar a circulação sanguínea e Combater a inflamação:

– O sangue leva oxigénio e alimento às células e liberta-as dos produtos do seu metabolismo, como toxinas. Podemos facilitar este processo de transporte de sangue nos vasos sanguíneos se os mantivermos saudáveis. Comecemos por evitar a formação excessiva das duas gorduras que os “estreitam”: o colesterol e os trigicerídeos.

– Tenhamos o cuidado de evitar a ingestão excessiva do mineral que mais contribui para elevar a pressão arterial, o que pode levar a uma mais lenta oxigenação das células: o sódio, presente sobretudo no sal.

Devemos reduzir a ingestão de gorduras saturadas e trans, de açúcares simples e de álcool, bem como de sal, sobretudo o refinado e ainda, no geral (pode haver sempre exceções devido a condições de saúde específicas), aumentar a ingestão de potássio, cujo efeito contrabalança o do sódio: mais hortícolas e fruta.

Não esqueçamos a acção dos antioxidantes, tão eficaz neste processo, também presentes nos hortofrutícolas.

Tenhamos ainda o cuidado de ingerir alimentos ricos em ácidos gordos essenciais, que fortalecem os vasos sanguíneos e melhoram a circulação, além de combaterem a inflamação – mais alimentos ricos em ómega 3 (cuidado com os que têm mais ómega 6 do que ómega 3). Ou seja: nozes, linhaça.

2) Reequilibrar o intestino:

– Um intestino com saúde espelha a saúde geral do organismo.
Comecemos, então, a preocupar-nos com o seu funcionamento regular. A disbiose (desequilíbrio da flora intestinal) tornou-se um quadro comum, devido ao uso indiscriminado de antibióticos, antinflamatórios, anticoncepcionais, exposição a alimentos alergénicos, stress entre outros e promove a formação de celulite. (Na disbiose, a flora patogénica sobrepõe-se à flora benéfica.) A obstipação promove a tão indesejável acumulação de toxinas no corpo.

Para o seu tratamento, os primeiros passos podem passar pela inclusão de simbióticos: pro e prebioticos (com indicação médica), assim como por uma boa hidratação. Devemos ainda procurar evitar alimentos que não toleramos bem, na maioria das vezes podem ser os que contêm glúten e lactose (a intolerância à frutose também é diagnosticada com alguma frequência), tendo em consideração que podem ser outros. Cada caso é um caso e cada um deve chegar aos seus, por tentativa e erro ou – melhor ainda – se perceber que há uma reacção mais exacerbada, por diagnóstico médico, através de análises ou exames próprios para cada caso.

3) Praticar exercício físico:

Umas boas caminhadas ajudam a reduzir o edema, que tantas vezes agrava o aspecto dessa ondulação que não nos agrada. Lembremos que o sangue é impulsionado por um motor potente, o coração, através dos vasos sanguíneos. Ora, nos vasos linfáticos, esse movimento é facilitado pela “actividade” dos músculos circundantes. As caminhadas podem ajudar, se não apreciar outro tipo de exercício, sobretudo se forem feitas ao ar livre, o que pode tornar-se um “2 em 1” e ajudar a reduzir o stress.

Por último, em modo de conclusão, saibamos desde já que não há tratamentos milagrosos ou muito rápidos. Mas podemos melhorar!

👀 não se esqueçam de ver o vídeo completo, no Canal Nutrição com Coração do Jornal de Noticias – Ana Bravo explica como combater o ″drama″ da celulite (jn.pt)

Hoje estive no programa “Casa Feliz” na SIC a falar de saladas:
– equilibradas?
– mais calóricas do que um prato convencional?
– sempre saudáveis?
Respondemos a estas e a outras questões.
Podem ver tudo no link que deixo ou procurar na SIC , no programa desta manhã.
(Fotos com Diana e João)

Vamos falar sobre a
COMPOSIÇÃO DO PESO?

É importante saber pesar-se.

O valor de uma balança convencional corresponde à soma dos componentes corporais:

– ossos
– músculos
– órgãos
– tecidos
– gordura
– líquidos
– …

Numa balança “simples”,
não temos noção de
qual/quais deste(s) componente(s) variou/variaram.

Sabemos apenas que o total é diferente!

Assumindo que as variações dos ossos, órgãos e tecidos são raras e muito pequenas, podemos concluir que a mudança está na parte muscular, adiposa (gordura corporal) e/ou aquosa (líquidos corporais).

As mudanças nos tecidos muscular e adiposo são relativamente lentas, mas poderão ser significativas.

Mudanças rápidas são apenas as provocadas por: de
– alterações de líquidos
– toma de refeições
– funcionamento intestinal

Para ter uma noção mais precisa, uma balança de bioimpedância ajuda.

👀 sugiro que vejam o vídeo completo no Canal Nutrição com Coração do Jornal de Noticias – A balança nem sempre diz tudo sobre o peso e Ana Bravo explica porquê (jn.pt)

Recebi mensagens a perguntar o que é esta massa que tenho na mão… é uma massa que “imita” gordura corporal e este volume corresponde a 2Kg.