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oleaginosos

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Os frutos oleaginosos são sobretudo uma interessante fonte de gorduras benéfica: uma pequena parte desta é saturada e a maior parte divide-se entre monoinsaturada, semelhante à que existe no azeite, e polinsaturada, nomeadamente ómega 6. A noz é de todos o que tem maior quantidade de ómega 3.
Além da gordura, contêm uma parte de proteína e a pele contém fibra e antioxidantes que vale a pena destacar. Por exemplo na amêndoa, a sua ingestão com pele, aumenta 5 vezes o seu aporte em antioxidantes. Outros há que não comemos com pele, como os amendoins, cuja riqueza nutricional continua a saltar à vista.
Não encontramos os oleaginosos na nossa Roda dos Alimentos, mas a Dieta Mediterrânica recomenda a ingestão diária de 25g destes frutos, ou seja, um punhado por dia pode ser o adequado. Esta junção de nutrientes torna os oleaginosos saciantes, sendo ideais como opção de snack ou merenda, acompanhados de fruta, ou num iogurte, numa mousse ou até em biscoitos caseiros sem açúcar. Todos eles contam muitos nutrientes além dos descritos, podendo destacar alguns: por exemplo o selénio, cálcio, fósforo, vitamina E e C e zinco. Todos são ricos em vitaminas do complexo B.
Tal como acontece com as sementes, é possível preparar pastas de oleaginosos para barrar no pão, por exemplo, e por isso constituir uma alternativa mais interessante do que a manteiga.

O Canal Nutrição com ♥️ do Jornal de Notícias, explica melhor. Veja o vídeo completo aqui.

À excepção da castanha, que tem propriedades nutricionais ligeiramente diferentes, quando falamos de frutos secos referimo-nos a nozes, amêndoas, avelãs, amendoins, castanhas do Maranhão, pinhões, cajus e pistachos, entre outros. Estes frutos, também designados oleaginosos, são ricos em gorduras essenciais (polinsaturadas), vitamina E, fibra, magnésio e outros antioxidantes, bem como em compostos bioactivos como o resveratrol, ácido elágico, genisteína, ácido anacárdico e fosfato de inositol. É a esta riquíssima composição nutricional que os frutos oleaginosos vão buscar os seus efeitos variados e importantes para a saúde. É de salientar o seu contributo na redução do risco cardiovascular por diminuição da insulinorresistência, concentração de colesterol, peroxidação lipídica e stresse oxidativo, bem como na redução do risco de cancro por indução da apoptos, paragem do ciclo celular, inibição da proliferação, migração e invasão celular e angiogénese (características importantes no desenvolvimento de tumores).

No final de 2016 saiu uma publicação científica, numa revista internacional, acerca do impacto destes frutos na saúde, na doença e como causa de mortalidade. Foi feita uma extensa revisão de todos os estudos realizados até então sobre o tema e a evidência não podia ser mais claraconsumo elevado de frutos secos está associado a um menor risco de doença cardiovascular, cancro, mortalidade geral e mortalidade específica por diabetes, doenças respiratórias e infecciosas. Vamos então desvendar alguns pormenores importantes, respondendo às seguintes questões:

      (1) O que é considerado um consumo elevado?

      (2) Quanto mais comer, mais efeitos benéficos vou ter?
Relativamente ao primeiro ponto, nestes estudos foi considerado consumo elevado a ingestão de mais do que uma porção por dia, sendo uma porção a quantidade equivalente a 28g. Quando se estudou se havia uma relação dose-efeito, ou seja, se maiores consumos implicariam maiores efeitos, constatou-se que não:  a relação nãé linear para a maioria dos efeitos estudados, situando-se a melhor relação entre consumo e efeitos na saúde em torno das 15-20g diárias. Parece entãque a dose óptima de ingestão diária é de cerca de 20g/dia. Fica claro neste estudo que, assumindo uma relação causa-efeito entre o consumo de frutos secos e estas situações (em que permanecem por explicar os mecanismos fisiopatológicos inerentes em cada caso), a ingestão de pelo menos 15-20g de frutos secos por dia poderá evitar muitos casos de doença coronária, AVC, cancro e mortalidade por estas e muitas outras doenças, desde que este consumo seja incluído numa alimentação completa, variada e equilibrada e num estilo de vida activo.