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massa muscular

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Vamos falar sobre a
COMPOSIÇÃO DO PESO?

É importante saber pesar-se.

O valor de uma balança convencional corresponde à soma dos componentes corporais:

– ossos
– músculos
– órgãos
– tecidos
– gordura
– líquidos
– …

Numa balança “simples”,
não temos noção de
qual/quais deste(s) componente(s) variou/variaram.

Sabemos apenas que o total é diferente!

Assumindo que as variações dos ossos, órgãos e tecidos são raras e muito pequenas, podemos concluir que a mudança está na parte muscular, adiposa (gordura corporal) e/ou aquosa (líquidos corporais).

As mudanças nos tecidos muscular e adiposo são relativamente lentas, mas poderão ser significativas.

Mudanças rápidas são apenas as provocadas por: de
– alterações de líquidos
– toma de refeições
– funcionamento intestinal

Para ter uma noção mais precisa, uma balança de bioimpedância ajuda.

👀 sugiro que vejam o vídeo completo no Canal Nutrição com Coração do Jornal de Noticias – A balança nem sempre diz tudo sobre o peso e Ana Bravo explica porquê (jn.pt)

Recebi mensagens a perguntar o que é esta massa que tenho na mão… é uma massa que “imita” gordura corporal e este volume corresponde a 2Kg.

O envelhecimento está relacionado com alterações significativas na composição corporal e no pesoNa maioria das pessoas traduzem-se num aumento da massa gorda total, por acumulação progressiva na região da cintura, e redução da massa magra (muscular). Estes fenómenos não acontecem de forma igual em todas as pessoas e estão relacionados com a raça, o género e outros fatores ambientais como o stress, a actividade física e a actividade profissional. Acima de tudo estão, no entanto, relacionadas com factores genéticos. 

Consegue encontrar-se um padrão mais ou menos semelhante nestes grupos de pessoas. Quanto mais actividade física a pessoa pratica, mais massa muscular poderá ter. É claro que tal depende do tipo de actividade e em que idade se iniciou, assim como da alimentação. Uma pessoa que nunca praticou actividade física e aos 50 anos decide iniciar caminhadas, provavelmente não verá a sua massa muscular a aumentar, mas poderá ser mantida por mais anos, se mantiver O mesmo estímulo muscular. Por outro lado, uma pessoa que desde a infância sempre praticou actividade física, consegue preservar uma boa quantidade de massa muscular e o declínio normal causado pelo envelhecimento acontecerá mais tarde na vida e de uma forma mais lenta e progressiva. Neste caso, ainda que esteja parado algum tempo e por isso perca massa muscular, facilmente a recuperará. 

Outro ponto interessante é que o sexo feminino tem menos massa muscular, trata-se de uma determinação genética. Podemos alegar questões que remontam de milénios atrás, relacionadas com as actividades “profissionais” que ambos os sexos praticavam na antiguidade, para explicar as diferenças. Hoje em dia, com a moda do fitness, é sabido que muitas mulheres ultrapassam em larga escala a quantidade de músculo de um homem… De igual modo, há diferenças entre indivíduos afro-americanos e europeus, sendo que os primeiros têm menor quantidade de massa gorda e maior de massa muscular, o que acontece em homens e mulheres.

Por fim, importa referir que a massa gorda pesa menos do que a massa muscular, mas começa a aumentar mais cedo na vida. Aliás, cada vez mais cedo,  enquanto a normal perda de massa muscular, dependendo da actividade profissional e física, pode começar a acontecer só a partir dos 20 ou mesmo dos 50 anos. O normal é que o peso aumente enquanto a massa muscular é mantida e a massa gorda aumente (nas senhoras a menopausa em muito contribui para este aumento), tendo depois tendência para estabilizar a partir do momento em que a massa muscular começa a decrescer.

Porque motivo tal é tão relevante para a saúde? A perda de massa muscular faz diminuir o metabolismo e perder autonomia e capacidade funcional. Com isto, a pessoa fica progressivamente debilitada e perde qualidade de vida. O aumento da massa gorda está relacionado com inúmeros factores de risco metabólico e por isso com o surgimento de doenças crónicas-degenerativas, como a diabetes mellitusdislipidemia, hipertensão e cancro.

O que se deve, então, fazer? Sugiro  iniciar ou manter um bom nível de actividade física semanal (250 minutos por semana) e educar os mais pequenos a serem activos! Praticar uma boa alimentação de forma a contribuir o menos possível para o aumento normal da massa gorda é sempre a melhor das decisões – se ainda não a prática, aqui está uma excelente resolução para 2018! Lembre-se que as alterações de que falei acontecem ao longo de toda a vida e os estudos não permitem definir uma idade certa para cada um, apenas permitem concluir a progressão normal da composição do corpo, por isso não espere, “mais vale prevenir do que remediar”.