Desde pequena adoro pão com queijo – quem não gosta? Aprecio um queijo simples, magro, tenho paladar de nutricionista… O pão deve ser escuro, com mistura de cereais integrais e, se possível, algumas sementes. Saboreio uma sandes de queijo como se fosse o melhor dos manjares!
Nos últimos anos, sobretudo desde que trabalho uma parte da semana em Lisboa, algo estranho acontece, quando peço um pão com queijo: “com manteiga?” A pergunta repete-se. Com manteiga?! Mas qual é a lógica de colocar queijo e manteiga no mesmo pão? Nunca me tinha lembrado de tal. Sempre que pedia o lanche à minha avó, o pão centeio vinha coberto com uma fatia de Limiano – bem servida, confesso – mas não me lembro de alguém próximo barrar primeiro o pão com manteiga.
Lembrei-me desta questão porque, hoje mesmo, fui merendar numa pastelaria próxima da clinica e pedi, precisamente, o dito pão com queijo. Nada me questionaram e confesso que não me lembraria de dizer “com queijo mas sem manteiga”… Pois devia tê-lo feito! Dei a primeira trinca e logo percebi que havia gordura a mais no meu pão. Que desconsolo!
O queijo tem gordura, mesmo as variedades mais magras, por isso, fará sentido juntar-lhe mais gordura saturada? A sua textura macia e cremosa não chegará para adornar e dar sabor ao pão, que por si só já tem um sabor delicioso? Nutricionalmente é totalmente desaconselhado e mesmo em paladar… Vale a pena aprender a gostar dos sabores simples!