À excepção da castanha, que tem propriedades nutricionais ligeiramente diferentes, quando falamos de frutos secos referimo-nos a nozes, amêndoas, avelãs, amendoins, castanhas do Maranhão, pinhões, cajus e pistachos, entre outros. Estes frutos, também designados oleaginosos, são ricos em gorduras essenciais (polinsaturadas), vitamina E, fibra, magnésio e outros antioxidantes, bem como em compostos bioactivos como o resveratrol, ácido elágico, genisteína, ácido anacárdico e fosfato de inositol. É a esta riquíssima composição nutricional que os frutos oleaginosos vão buscar os seus efeitos variados e importantes para a saúde. É de salientar o seu contributo na redução do risco cardiovascular por diminuição da insulinorresistência, concentração de colesterol, peroxidação lipídica e stresse oxidativo, bem como na redução do risco de cancro por indução da apoptos, paragem do ciclo celular, inibição da proliferação, migração e invasão celular e angiogénese (características importantes no desenvolvimento de tumores).
No final de 2016 saiu uma publicação científica, numa revista internacional, acerca do impacto destes frutos na saúde, na doença e como causa de mortalidade. Foi feita uma extensa revisão de todos os estudos realizados até então sobre o tema e a evidência não podia ser mais clara: o consumo elevado de frutos secos está associado a um menor risco de doença cardiovascular, cancro, mortalidade geral e mortalidade específica por diabetes, doenças respiratórias e infecciosas. Vamos então desvendar alguns pormenores importantes, respondendo às seguintes questões:
(1) O que é considerado um consumo elevado?