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Partilhar convosco que estive à beira de um burnout? Assumir que sempre adorei o que faço mas a determinada altura percebi que não gostava da forma como o fazia porque acumulava tarefas e não parava para me escutar, não aproveitava a outra parte bela da vida… Sim,  são algumas páginas deste livro. A parte que faz a introdução para vos convidar a fazerem um mergulho em vocês mesmos e assim descobrirem o que pode estar a dificultar a manutenção de uma #alimentaçãosaudávelefeliz . Começamos e desistimos. Culpamo-nos. Olhamos para a vida aparentemente cor-de-rosa dos outros… Seremos assim tão diferentes? Eu respondo: não. Este livro é um salto difícil para mim, abro-me para vos ajudar e tenho a fiel esperança de conseguir!

A maior parte das vezes não caminhamos, corremos apressados, como se pudéssemos perder alguma coisa. Não sabemos o que procuramos e nessa busca incessante tantos são os momentos em que sentimos uma espécie de vazio, cuja causa não sabemos identificar… E eis que seguimos nesse correr – apressado, repito – como se pudéssemos alcançar o abstracto. Desde há uns quinze anos que digo procurar serenidade, explico à minha família e aos meus amigos – quando reclamam a minha falta de tempo – que esse é o meu foco. Mas há apenas uma parte de verdade nisto… Grande parte do tempo da minha vida sigo nessa mesma maratona, que tantos de vocês seguem, como se o tempo me fugisse. Procuro agarrá-lo numa luta em que ele – o tempo – claramente me vence. Procuro alcançar tudo o que tenho em mente, fazer tudo o que acho que pode ser feito e prometo vez após vez que quando o alcançar, serenarei. É mentira! Assim que um projecto está em fase de conclusão – às vezes ainda antes! – já a minha cabeça magica mais mil formas de experimentar novidades…
Não sei se seria feliz de outra forma, tendo alcançado essa tal serenidade que imagino numa vida ideal… Talvez não haja vidas ideais e a serenidade seja algo que se vai conseguindo com a experiência da vida, com o decorrer dos dias, ano após ano, não de forma programada. Creio que é isso mesmo! Faz sentido continuar a correr, desde que saibamos fazer intervalos para descansar. Há que ter momentos de paz, como aqueles em que simplesmente paramos, nos deixamos ficar no sofá, sem outro pensamento que não o de fazer absolutamente nada, além de chorar ou rir com um filme… Ou aqueles em que nos dedicamos a mimar quem amamos, recebendo o amor no olhar e não ansiando nada mais que esse sentimento que nos enche a alma e preenche – que de uma forma simples e tão perfeita preenche… Nesses momentos, a mente deve estar limpa e o corpo leve, e – isso sim – , é um exercício que pode ser programado. Embora a tal experiência da vida ajude muito, se pararmos para valorizar os intervalos entre a correria incessante da vida, devagarinho vamos aprendendo a serenar…