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Apresento mais uma “Bravo”, uma história de sucesso na luta contra o excesso de peso e na procura de uma vida mais saudável. Tantas coisas mudam quando nós mudamos apenas uma: a nossa relação com a alimentação!
 
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A Carla é uma advogada de sucesso, que mora em Évora, cidade de bem comer. Procurou-me porque sempre teve excesso de peso – isso mesmo, sempre, desde que nasceu. Passou a infância e adolescência com peso a mais e tal intensificou-se com 3 gravidezes.

Quando a vi pela primeira vez, tinha feito várias tentativas de emagrecimento, mas acabava por voltar ao “início”.

Desta vez, com educação alimentar e permitindo-se alcançar os seus objectivos no tempo certo, conseguimos atingir um peso excelente e mais importante ainda, a Carla mantém-no há muito tempo.
A Carla é uma força da Natureza, contagiou-me desde o primeiro instante com a sua alegria e a sua meiguice! O seu sorriso mantém-se desde o primeiro instante, mas agora, felizmente, sinto-a ainda mais confiante. Ao longo do tempo que temos passado juntas, tem-me ensinado muito, também… A não desistir, a viver feliz, a olhar para cada pormenor da vida com olhos de ver, com mimo, com luz.
Feliz por poder ajudar!
 
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Aqui fica o seu testemunho:
“Hoje decidi recordar os meus tempos de gordinha. Sem tornar isto uma obsessão parece-me importante recordar o passado para não voltar a cometer os mesmos erros.
Durante 37 anos fui uma falsa feliz pois não gostava do meu corpo.
Cheguei a não ir a festas com vergonha do meu corpo.
Tirei a especialidade em dietas io-io…

Finalmente nas consultas da Dra. Ana Bravo reaprendi a comer e passei a praticar exercício físico regularmente.
Agora, aos 41 anos, casada e com 3 filhos, sinto-me tão bem comigo e com os outros e posso vestir o que quiser sem me sentir desconfortável.
Vou usar e abusar dos biquínis, dos vestidos e calças justas, dos calções e das saias curtas sem admitir que me apontem o dedo.

Força meninas que é difícil mas chegamos lá.
Tenho 1,60m e bati nos 90kg, agora tenho menos 30 kg, fui gorda desde o dia em que nasci!
Pensava que era impossível e sofria com isso. Emagrecer era para os outros, eu não conseguia pois voltava a engordar.
Espero que o meu testemunho possa modificar para sempre as vossas vidas.
Não desistam pois é possível e é tão bom.”

A forma mais simplista de olhar para esta questão é pensar no número de calorias ingeridas e no número de calorias gastas e o resto é matemática. Quando ingerimos mais do que gastamos, o peso aumenta, quando o inverso acontece o peso diminui. Não podemos esquecer, no entanto, que o peso não é só o número que aparece na balança: é o conjunto de vários tecidos e órgãos, cada qual com as suas propriedades e fisiologias muito próprias e por isso, aquilo que parece matemática pura à partida, tem tantas variáveis pelo meio que se torna mais num sistema dinâmico digno de física quântica. Não invalida que se tenha atenção à energia ingerida e gasta, mas relembra que o corpo não é um simples recipiente de entrada e saída de energia; importa também o que essa entrada e saída provocam no funcionamento de todas essas estruturas.

Concentremo-nos em apenas alguns aspetos: tecido muscular, tecido adiposo, sistema endócrino (hormonal) e sistema gastrointestinal. Estes são os 4 mediadores mais importantes das alterações quantitativas e qualitativas do nosso corpo. A permeabilidade intestinal, por exemplo, é responsável pela passagem de toxinas que contribuem para o desenvolvimento da diabetes, de inflamações e para o fato de algumas pessoas obesas sentirem fome constantemente.

Um estudo recente publicado na Nature  (pode ler a notícia que o divulga, aqui) aborda a utilização de uma bactéria e de uma proteína isolada desta bactéria, na regulação da gordura corporal e no aparecimento de diabetes. Alegadamente os ensaios realizados em cobaias mostram que os mecanismos pelos quais isto acontece prendem-se com o controlo da absorção intestinal de nutrientes e um efeito direto na produção e efeitos orgânicos da insulina. Não importa esmiuçar os mecanismos através dos quais os autores concluíram que estes processos acontecem, mas sim reforçar o papel importante que o funcionamento intestinal e a hormona insulina desempenham na fisiopatologia destas doenças. Poderá haver aqui um potencial medicamento para a prevenção e/ou tratamento de obesidade e diabetes, mas ainda há muito caminho a percorrer e muitos estudos em humanos.

Se quiser perder peso, arriscaria dizer que qualquer dieta de restrição acentuada de calorias resolve-lhe o assunto. Se quiser alterar o funcionamento dos vários tecidos e componentes do organismo, equilibra-los com os efeitos da atividade física, a repercussão destes no sistema hormonal, com o contributo da saúde gastrointestinal, não é qualquer combinação de alimentos e/ou nutrientes que lhe resolve o assunto. É um sistema aberto, dinâmico, em constante mudança e por caminhos que a ciência ainda não domina na sua totalidade.

Será que uma caloria é sempre uma caloria, com idênticos efeitos no corpo? Arriscaria dizer que não! Aliás, à velocidade que a ciência evolui, as verdades de hoje são muitas vezes contestadas já amanhã ou depois.