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Como a diabetes é uma condição de saúde em que os níveis de açúcar no sangue se elevam, é muito fácil pensar que comer muito açúcar é a causa. Mas será assim?
O açúcar causa diabetes?

Antes de mais, interessa explicar que existem dois tipos principais de diabetes: tipo 1 e tipo 2.

O açúcar não causa diabetes tipo 1, na verdade este tipo também não é causado pelo estilo de vida. Neste tipo de diabetes as células produtoras de insulina (no pâncreas) são destruídas pelo sistema imunológico.

No que respeita à diabetes tipo 2, a resposta é um pouco mais complexa. Embora saibamos que o açúcar não a causa diretamente, é mais provável que a tenhamos se estivermos acima do peso. Ora ganhamos peso quando ingerimos mais calorias do que gastamos e todos sabemos que produtos alimentares e bebidas açucarados contêm muitas calorias.

Ainda assim, é improvável que o açúcar seja a única razão pela qual esta condição de saúde se desenvolve.

Um diabético controlado não precisa de cortar o açúcar da sua dieta.
Todos nós gostamos de comer alimentos açucarados ocasionalmente, e não há problema em incluí-los dessa forma, como parte de uma dieta saudável e equilibrada.

Tenhamos em consideração que no geral comemos muito açúcar de adição, não o existente naturalmente nos alimentos e assim prejudicamos a nossa saúde.

 

Assistam ao vídeo na íntegra clicando AQUI.

“Noctúria” refere-se à necessidade de se levantar a meio da noite, uma ou mais vezes, para urinar. É uma condição muito frequente em homens a partir dos 50 anos e pode estar relacionada com diversos fatores, muitos deles inerentes apenas à fisiologia humana, ao normal processo de envelhecimento, ou então a alguma patologia. Considera-se mesmo que é uma síndrome, uma vez que a sua causa pode vir de muitos fatores: poliúria(excesso de produção de urina em 24h do dia), redução da capacidade da bexiga e alterações do padrão de sono. A poliúria pode surgir por ter a diabetes descontrolada (excesso de açúcar no sangue promove maior excreção de urina) ou então por ingestão excessiva de líquidos durante o dia. A poliúria noturna pode ser causada por algum distúrbio na vasopressina (hormona que controla a excreção de água) pois os níveis desta dependem do ritmo circadiano, ou seja, das horas do dia e da noite. Supostamente de noite os seus níveis estão aumentados para que a produção de urina seja mínima e não se tenha de urinar durante o sono. A insuficiência cardíaca, a síndrome nefrótica e a insuficiência venosa periférica são patologias que fazem aumentar a produção de urina, tal como os medicamentos que se tomam para tratar estas condições. Pessoas que sofram de insuficiência venosa por exemplo, acumulam muitos líquidos durante o dia, formando edemas, que depois durante o sono desaparecem, sendo excretados pela urina noturna. A insuficiência cardíaca causa alterações do controlo da tensão arterial, que por sua vez faz alterar os níveis de vasopressina e consequente o volume de produção de urina.

A noctúria é mais frequente em homens porque há duas condições que são mais prevalentes nos homens: a apneia do sono (SAOS) e a redução da capacidade da bexiga. Nos casos de SAOS, o esforço para respirar faz aumentar a excreção de sódio (sal) e água, daí que as pessoas que acordam por dificuldades respiratórias, acabam por “aproveitar” para urinar. Nos outros casos, a hiperplasia benigna da próstata, cistite ou litíase vesical, condicionam o espaço de dilatação da bexiga (ou seja, a bexiga não consegue acumular tanta urina), promovendo uma micção mais frequente, mesmo durante o sono. Para terminar, os padrões de sono alteram-se com a idade. O envelhecimento faz com que se tenha um sono mais curto e menos profundo, fazendo com que se acorde mais vezes. A produção de vasopressina fica assim alterada e a produção de urina também.

Onde entra o sal no meio disto tudo? Ora, um estudo realizado no Japão, concluiu que, para evitar urinar durante a noite, não basta reduzir a ingestão de líquidos, ao contrário do que se tem pensado. Uma vez que a ingestão de sal, na generalidade da população, é exagerada (quase 2 vezes acima do recomendado) que o envelhecimento faz com que o corpo seja menos eficiente a lidar com este excesso, a tendência será para acumular o sal. Uma forma de o eliminar é através da urina. Ao cortar na ingestão de sal, estará a reduzir a necessidade de o excretar pela urina, promovendo uma diminuição de produção da mesma, com consequente menor frequência de idas ao WC durante a noite.

As recentes declarações do Diretor-geral da Saúde vêm reforçar aquilo já tem sido descrito em diversos estudos nacionais e internacionais:
1. Aalimentação é um dos fatores mais determinantes no estado de saúde e doença das populações.
2. Os principais erros nutricionais dos portugueses são o consumo excessivo (mais do dobro do recomendado) de:
a) sal e produtos salgados;
b) açúcar e produtos açucarados;
c) gordura saturada.
3. Os erros alimentares aumentam não só o risco de doença, mas diminuem a esperança média de vida, a qualidade de vida e o número de anos que vivemos livres de doença.
Assim, controlar a epidemia da obesidade não é o único problema em que se deve investir o tempo e dinheiro dos contribuintes: a hipertensão, a diabetes merecem também um destaque muito importante!
Importa ainda referir que a prevenção faz-se a longo prazo. Tudo o que fizermos agora vai-se refletir na nossa saúde daqui a várias décadas. É por isso necessário ser paciente e persistente, e acreditar que estamos no fundo a preparar um futuro melhor para as próximas gerações e tentar dar um pouco mais de qualidade de vida às atuais gerações.
Leia a notícia completa, aqui.

Parece haver evidência científica suficiente para afirmar que quem bebe café, comparado com quem não bebe:
1. tem menor probabilidade de ter diabetes, demência e doença da Parkinson
2. tem menos episódios de AVC, enfartes, e probabilidade de ter alguns cancros
São mais as boas notícias do que as más notícias, no que diz respeito ao consumo de café e a saúde.
Mas convém reforçar a ideia de que o café não evita o aparecimento destas doenças. Nenhum estudo coloca um grupo de pessoas a beber café e outro grupo a não beber, e aguarda 10 ou 20 anos à espera de ver quem desenvolve estas doenças.
Os estudos mostram que há uma menor percentagem destas doenças nas pessoas que bebem café. Possivelmente estas pessoas também são as que praticam mais exercício e têm uma dieta geral mais saudável, ou até uma carga genética que lhes é mais favorável. Os estudos atuais não permitem estabelecer uma relação causa-efeito entre o consumo de café e o aparecimento de doenças.
Nos próximos parágrafos tenha em consideração que “uma chávena de café” tem cerca de 240ml de café solúvel e 100mg de cafeína. Se quiser comparar com a toma de café “expresso” (bica ou cimbalino), o conteúdo de uma chávena (“curta”) é de cerca de 30ml de café e 65mg de cafeína (café cheio seriam 60ml, ou seja, 130mg de cafeína).
Diabetes
A evidência parece ser muito robusta sobre esta matéria: beber mais do que 2 chávenas de café por dia reduz 25-35% o risco de ter diabetes, independentemente do peso corporal, idade ou género. De facto, parece que por cada chávena de café o risco de ter diabetes reduz em 5-10%. E isto é válido para o descafeinado e para o chá. Ou seja, não é a cafeína que produz este efeito, é o conjunto de antioxidantes (compostos fenólicos, presentes em maior quantidade quando o grão acabou de ser moído), vitaminas (niacina e vitamina E) e minerais (magnésio, potássio e crómio) que estão presentes nesta bebida.
Doenças cardio e cerebrovasculares
Um dos grandes responsáveis pelo risco de doença cardíaca e AVC é a diabetes. Ora, sobre esta condição, já vimos que o café tem um efeito protetor.
Para além desta proteção, o café também parece ter um efeito estabilizador do ritmo cardíaco (que é um fator de risco para AVC e enfarte) e um efeito protetor para o AVC diretamente. Quem bebe mais do que 1-3 chávenas de café por dia têm 20% menos risco de ter alterações do ritmo cardíaco e/ou AVC, independentemente da presença de hipertensão, colesterol elevado ou mesmo diabetes.
Doença de Parkinson e Alzheimer
Sobre estas condições a evidência parece ser também bastante consistente: o consumo elevado de café (mais de 3 por dia) reduz o risco de doença de Parkinson e reduz em 65% o risco de desenvolver demência ou doença de Alzheimer.
Cancro
Este é um campo mais controverso. Apenas parece evidente o fator protetor sobre o cancro do fígado e do intestino. Sobre os restantes o efeito não é claro. Quem bebe café tem menos episódios de cirrose hepática e cancro do fígado. Mais uma vez não se consegue estabelecer uma relação causa-efeito. Parece que há determinados tipos de cancro de mama (depende da mutação genética em causa) que poderão beneficiar do consumo de café. Relativamente ao cancro da próstata e bexiga, não há resultados conclusivos, tal como em relação ao cancro do pulmão e do pâncreas.
Saúde óssea
A ciência atual não encontra evidência para que o consumo de café tenha efeitos adversos na saúde óssea, apesar de a cafeína com o seu efeito diurético possa influenciar a excreção de cálcio e magnésio. O que acontece e está demonstrado em alguns estudos é que o consumo de laticínios e outros alimentos que são importantes fornecedores de cálcio diminui com a idade, enquanto o consumo de café se mantém, ou até poderá aumentar. Este desequilíbrio de consumos pode condicionar a saúde óssea, mas enquanto se mantiver o consumo de cafeína dentro dos limites de 300-400mg/ dia e o de cálcio entre 800-1000mg/dia, o risco de diminuição da densidade mineral óssea ou do risco de fraturas do colo do fémur não se altera.
Até que quantidade é considerado seguro beber cafeína por dia?
Algumas sociedades científicas internacionais referem que 400mg para adultos é o limite considerado seguro para a saúde humana e até onde as vantagens e benefícios superam os possíveis riscos. Em Portugal, o consumo máximo recomendado pelos organismos científicos e profissionais (apresentado na “Roda dos Alimentos”, em 2003) é de 300mg/dia. Este consumo de 300mg/dia é também o mais seguro para idosos e mulheres pós-menopausa.
Grávidas e aleitantes devem reservar o seu consumo até as 200mg por dia, sem isso acarretar qualquer perturbação do normal desenvolvimento fetal.
Para adolescentes esta quantidade é de apenas 100-120mg/dia e para crianças o ideal é “zero”, sendo o limite máximo recomendado de 30-40mg/dia.
(quantidade de cafeína: 100g de chocolate (5 a 35mg); 330ml de refrigerantes e/ou bebidas energéticas (30-50mg).