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alimentação equilibrada

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Haja equilíbrio. Em tudo.
Esta época leva ainda mais a pensar nisso!

E na alimentação, não faz sentido sermos reféns de regras mas também não o faz a liberdade total.

No geral, aconselho a abrir excepções com liberdade na noite de 24 e no almoço de 25.

Todos sabemos que, nesta altura, já termos começado com muitos excessos, dia sim, dia sim e que manter os restinhos lá por casa com mais uma rabanadinha ao pequeno-almoço e pão de ló com queijo da Serra ao lanche só pode causar mau estar e fazer o valor que a balança nos mostra subir e subir, gradualmente…

A questão a que devemos dar atenção é ao efeito cumulativo destas festas: aumentamos o peso e não recuperamos. Depois vêm os festejos da passagem de ano, depois os da Páscoa e entretanto aniversários e jantares e afins e por aí continua…

Que bom que é conviver. E que bom que é comer!

E nem sequer precisamos de optar por receitas que não são as tradicionais, se o nosso gostinho a Natal traz essas como as melhores memórias a reviver.

Comer não só nos alimenta, também nos aconchega.
É necessário ter consciência alimentar e tudo corre bem…

Vamos, então, reformular e fazer tudo com equilíbrio.
Sim? Concordam comigo?

Vamos ser felizes.

“Nutrição com – Equilíbrio Interior Para Uma Alimentação Saudável” JÁ ESTÁ NAS LIVRARIAS E ONLINE!

Depois de 6 livros cujo objetivo foi essencialmente a alimentação, este novo livro foca-se, antes de mais, em pessoas. Todos somos parecidos num sem número de factores, desde as necessidades mais básicas aos processos que nos mantêm vivos. E no meio de tal semelhança, é ainda muito o que nos diferencia e nos torna únicos. Cada pessoa tem um universo próprio, singular, ímpar. Constato-o enquanto nutricionista, observando os meus pacientes e sinto-o na pele enquanto mulher. Se em todos os outros livros fez sentido partilhar a minha experiência como nutricionista, neste, saio na minha zona de conforto e partilho um pouco, também, a experiência da pessoa, sem bata.
Pensei muito antes de escrever mais um livro e tornou-se muito claro que só fazia sentido fazê-lo se com ele pudesse ensinar as pessoas a gostarem mais delas próprias antes de iniciarem qualquer plano alimentar e, logo depois, a gostarem da sua relação com a comida e da comida em si. Importa identificar padrões comportamentais e “fragilidades”. Gostava que as pessoas percebessem que a alimentação não é um fim, mas sim um princípio constante e por isso só deve desencadear emoções boas. 
Nesta realidade em que reinam as regras e a disciplina, a necessidade de ser perfeito ou de se mostrar que é, fica pouco espaço para tal, para nos amarmos puramente e também para voltar a gostar da comida, a comidinha boa, a “comida saudável e feliz” de que tanto falo. A consciência alimentar é urgente, sim, mas não este fundamentalismo que torna as pessoas escravas. Esquecemo-nos de nós e é nesse caminho que pretendo ajudar.
ACOMPANHAM-ME?

Podem clicar nas opções em baixo para saberem mais…

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No dia 10 terminei a tarde com uma conversa cheia de boa disposição com estas pessoas lindas (que estão comigo na foto em cima), Joana Cruz, Daniel Fontoura e Rodrigo Gomes, no WI-FI da RFM.

Falamos do meu livro novo, claro. Falámos do Cantinho das Aromáticas porque o Daniel é daquela zona. Falámos e sorrimos. É tão bom partilhar momentos comprazias com sorrisos grandes!

Obrigada.

Olhamos para este título e imediatamente a mente nos remete para uma série de possíveis “inimigos”. “Esta é fácil, respondo já.” De facto, todos conseguimos apontar um sem número deles, dos ditos “inimigos”. Pensamos no namorado novo, que adora abrir uma garrafa de vinho e preparar uns petiscos irresistíveis no final da tarde, naquela amiga que parece comer o que lhe apetece sem que tal mexa um grama que seja com o seu peso, naquele bolo que a avó faz ao domingo e só o seu cheiro engorda. Pensamos nestes e em muitos outros. Há demasiados inimigos da dieta na nossa mente. Demasiadas fantasias, demasiadas desculpas, demasiados olhos tapados. E estômagos cheios!
Na verdade, por mais que custe admitir e até chegue a doer, os únicos inimigos da nossa dieta somos nós mesmos. Confesse, na verdade sabia-o, não é?
Todos estamos certos quando identificamos momentos e ações específicos do nosso mundo alimentar, que dificultam o processo, mas esses não são os piores inimigos. Chamemos-lhes “dificultadores”.
“Amanhã começo a dieta.” “Até seguia um plano já, mas está a chegar o aniversário do Pedro e não vou para láver os outros a comer. Começo depois.” “Depois do Natal, como poderia começar antes?” Estas desculpas são uma parte minúscula das que conseguimos engendrar para adiar o início de algum tipo de disciplina alimentar. Vão desde o começar amanhã, que tantas vezes é adiado, a fazê-lo por semanas, ou mesmo meses. Há quem pense em Outubro que só faz sentido começar um plano alimentar em Janeiro. “Natal é Natal!” Estes são os primeiros “dificultadores”, começar é necessário e mais do que partir para um plano, é fundamental ter consciência do que tal implica. (Falarei sobre isto mais à frente.)
Mas estes não são os únicos dificultadores. Depois de iniciar a dita dieta, muitos outros surgem. “E agora que comi aquela caixa de bombons, o que faço?” “Estava tudo a correr tão bem, esta discussão não veio nada a calhar, vinguei-me nas bolachas!” “Mas porque é que venho a casa dele a esta hora? Já sei que vai ter pão, queijos e enchidos na mesa e eu não consigo resistir.” De todos os pensamentos, o mais comum e mais distorcido da realidade é: “estraguei tudo”.


Calma. Nada está perdido. Um plano alimentar, fruto de disciplina a este nível, nunca fica “estragado”. Há exceções e todos o admitimos como permitido e saudável. No entanto, há quem prefira seguir um plano à risca sem ceder uma única vez a uma tentação e há ainda quem, fazendo-o, tenha dificuldade em regressar ao caminho rectilíneo. Também há situações em que as pessoas gerem bem a “excpção semanal” planeada, mas não as que surgiram inesperadamente. “Sou fraco. Nunca consigo manter um plano por muito tempo.” “Agora que fiz asneira, tanto faz. Até à meia-noite vou comer tudo o que me apetecer.” “Depois de tanto pão a esta hora, já não como mais nada hoje, não janto e pronto.” Erros atrás de erros. Não, não é fraco porque não conseguiu resistir a uma tentação alimentar. Não, não deve ir pelo princípio da desinibição e continuar a acumular calorias disparatadamente, só porque abriu uma exceção que não era suposto existir. Não, não deve passar horas sem comer para compensar os danos, verá que pode reflectir-se num outro episódio de excessos mais tarde, quando está a tentar adormecer mas não consegue parar de pensar em comida. Já agora, não concordo com planos sem exceções, normalmente não resultam a longo prazo.

Antes de mais, considero necessário fazer uma preparação antes de começar a cumprir um plano alimentar. É bom que tenha uma conversa consigo mesmo, que se mentalize que no início pode custar. Deixará de comer o que tem vontade, quando lhe apetece, passará a seguir um conjunto de regras que de alguma forma lhe são impostas – a quem não custaria?
Este “custar” varia de pessoa para pessoa e normalmente vai-se dissipando no tempo. O segundo ponto é não se focar naquele vestido em que quer caber no casamento da sua melhor amiga ou nas calças que quer vestir no primeiro encontro com a sua nova amiga que conheceu no facebook. Foque-se num plano como um instrumento para melhorar a sua vida e não como um meio para atingir algo finito. Vai melhorar a sua qualidade de vida se perder aqueles quilinhos que estão a mais, se se sentir mais bonito, se passar a estar mais segura com a imagem que o espelho lhe devolve. Melhorará também – eu diria sobretudo – quando perceber que sente mais energia, que tem uma pele mais luminosa, que dorme melhor, que no geral tem mais saúde. Tal consegue-se quando interiorizamos que, fazendo parte diária da nossa vida, aquilo que comemos se reveste de uma importância absoluta na qualidade dos nossos dias. Uma alimentação variada, equilibrada e completa não pode ser finita, deve ser uma filosofia de vida.
É claro que pode – eu diria, deve! – abrir exceções. Devemos adaptar a alimentação à nossa vida e não a vida à alimentação, o que quer dizer que se tivermos uma festa, ou se o companheiro de trabalho levar uns brigadeiros ou se a namorada surpreender com um folar, podemos provar. Não fará sentido comer desmedidamente, assim como não o fará ceder se estes episódios se tornarem recorrentes. Por exemplo, se o seu colega passar a levar brigadeiros duas vezes por semana, porque gosta de o agradar ou porque gosta de partilhar o sentimento de culpa consigo, então delicadamente terá que lhe dizer que não aceita. Se a sua namorada passar a dedicar-se à cozinha para o conquistar, presenteando-o com iguarias diárias, o melhor será usar palavras amorosas para lhe dizer que aprecia muito mas prefere comida mais saudável.

Depois de começar, consciente, querendo manter e estando a par de todos os obstáculos que podem surgir, tudo correrá bem, garanto. Desistir não é uma opção.