Como a diabetes é uma condição de saúde em que os níveis de açúcar no sangue se elevam, é muito fácil pensar que comer muito açúcar é a causa. Mas será assim? O açúcar causa diabetes?
Antes de mais, interessa explicar que existem dois tipos principais de diabetes: tipo 1 e tipo 2.
O açúcar não causa diabetes tipo 1, na verdade este tipo também não é causado pelo estilo de vida. Neste tipo de diabetes as células produtoras de insulina (no pâncreas) são destruídas pelo sistema imunológico.
No que respeita à diabetes tipo 2, a resposta é um pouco mais complexa. Embora saibamos que o açúcar não a causa diretamente, é mais provável que a tenhamos se estivermos acima do peso. Ora ganhamos peso quando ingerimos mais calorias do que gastamos e todos sabemos que produtos alimentares e bebidas açucarados contêm muitas calorias.
Pensando nos diabéticos e em todos, prepararei uma receita com sabor doce em que usei apenas fruta para adoçar e também canela, tanto pelo seu sabor como porque há estudos que comprovam os seus benefícios em casos de diabetes tipo 2.
Vamos à receita?
Mais uma que o El Corte Inglés FOOD me desafiou a preparar, pensando também em quem tem diabetes.
A farinha de mandioca dá uma textura ótima a estes muffins!
— MUFFINS DE CANELA E NOZES —
(8 a 10 unidades, para partilhar)
– 2 bananas bem maduras
– 120g farinha de aveia
– 50g farinha de mandioca
– 180ml bebida de aveia (0% açúcar adicionado)
– 2 colheres de sopa de azeite
– 40g miolo de noz picado
– 1 colher de sopa de fermento
– 2 colheres de chá de canela em pó
Programa-se o forno a 180 graus.
Com um garfo (ou com uma varinha mágica), transformam-se as bananas em puré.
Numa taça misturam-se todos os ingredientes.
Transfere-se o preparado para forminhas de queques / muffins e leva-se ao forno cerca de 25 minutos ou até estarem cozidos (basta fazer o teste do palito).
Servem-se mornos ou frios.
Querem mais receitas destas?
👀 Podem saber mais aqui:

Este fruto, que podemos encontrar tanto fresco como seco (desidratado), tem vantagens que não posso guardar só para mim. Ora vamos lá: – certamente conhecem o primeiro efeito…

O que é?
É o supercrescimento bacteriano do intestino delgado, que gera um distúrbio gastrointestinal em que esse excesso de bactérias leva a um desequilíbrio, nomeadamente na absorção de nutrientes. (Não esqueçamos que é no intestino delgado que decorre a absorção da maior parte dos nutrientes).

O que leva a este distúrbio?
Tanto o cólon como o intestino delgado são colonizados por bactérias específicas. O problema aqui é o número excessivo que atinge e também o facto de passarem a existir no intestino delgado bactérias que normalmente não existem aí.
Normalmente a quantidade de bactérias nessa parte do intestino é reduzida, uma vez que a secreção de ácido gástrico e a motilidade intestinal limitam o seu supercrescimento.

Como pode surgir?
Se esses mecanismos não funcionarem correctamente, pode ocorrer o supercrescimento bacteriano, ou seja, um quadro de SIBO.
Pode decorrer a partir de:
1) Alterações no próprio intestino delgado, com:
– problemas estruturais
– ⁠ alteração do seu pH
– ⁠diminuição da motilidade

2) Alterações do sistema imunológico

3) Pode estar associado a outras condições de saúde, como: gastroenterite viral, doença celíaca,
doença de Crohn, diminuição da acidez gástrica,
síndrome do intestino irritável, cirurgias gastrointestinais, entre outros.

Este distúrbio pode resultar em complicações como:
– alterações absorção de gorduras, hidratos de carbono e proteínas, também de vitaminas, cálcio… com todas as possíveis consequências associadas como perda de peso, deficits, osteoporose…

Quais são os sintomas a destacar?
Sintomas inespecíficos como perda de peso, diarreia, flatulência, eructação, distensão abdominal e dor. Os sintomas podem-se confundir com outras condições intestinais como doença celíaca, síndrome de intestino irritável, alguma intolerância alimentar, etc.

Como se diagnostica?
O diagnóstico pode ser feito através de testes de hidrogénio expirado (aumentado quando há fermentação exagerada dos nutrientes ao nivel do intestino delgado) ou aspiração (por endoscopia) do conteúdo intestinal (para medição, em culturas bacterianas, do número e tipo de bactérias que se desenvolvem).

Há tratamento?
O primeiro passo é eliminar todo o açúcar de adição da dieta (tanto em de bebidas como na comida), bem como bebidas alcoólicas. Em segundo lugar, uma dieta restrita em FODMAP parece permitir reduzir a fermentação bacteriana e os sintomas associados. Por fim, o uso de antibióticos específicos permite reduzir a população bacteriana que está “a mais” no intestino.
Um estilo de vida mais saudável, que inclui a adesão a uma dieta mediterrânica e a prática de actividade física, também está na base da melhoria da qualidade de vida destas pessoas.

Notas finais: é ainda difícil proceder a um diagnóstico conclusivo. Faltam muitos estudos que permitam também definir um tratamento com eficácia significativa, que não envolva o uso de antibióticos.

Podem assistir ao vídeo do Canal Nutrição com Coração do Jornal de Notícias clicando no  link:

Há muito que os portugueses “adotaram” o molho pesto para os seus cozinhados. A receita original leva pinhão e queijo parmesão, mas o Canal Nutrição com Coração do…