Então esta receita começa com aqueles olhinhos avelã esverdeados a olhar para mim vim ar de caso: “Cebola, bastante. Uma boa camada! Mas bastante mesmo, porque não leva água, Ana. Estás a apontar?” Com umas folhinhas de louro. Entra uma camada de batatas cortadas às rodelas. Diz a mãe Bravo que “não podem ser muito fininhas senão desfazem-se”. Depois uma camada de tofu esfarelado com os dedos e a última é mais uma camada de batata, com salsa. “Quem gostar pode juntar umas tirinhas de pimentos e malagueta, eu não tinha porque te esqueceste de comprar.” – Pois claro, eu esqueci! – “E claro, rega-se com azeitinho.” Termina de dizer isto é olha como ar malandro, à espera que eu refile e baixe a quantidade de azeite para 1 colher de sopa por pessoa. Aproveita o meu silêncio e continua: “Ana, agora escreve assim: nota, coze em lume muito brando.” E depois? – pergunto. “Depois vai-se sacudindo o tacho de vez em quando, não se tira a tampa para mexer, para não saírem os vapores que dão mais sabor. E está pronto, com sabor, saúde e amor!

