Bom dia, alegria! 

Hoje falo de temas sérios – todos queremos EVITAR O DESPERDÍCIO ALIMENTAR, certo? – e dou-vos algumas dicas.

A procura do bem-estar tem aumentado muito na área da alimentação saudável, abrindo portas a que os produtos sejam apelativos, práticos e saborosos. A dificuldade, tendo em conta o trajeto do mercado alimentar dos últimos anos, é conseguir que a matéria-prima necessária esteja acessível a todos e o produto final dentro do orçamento familiar.

Não tenho formação culinária, apenas gosto de cozinhar e de mostrar às pessoas que comer bem pode ser delicioso e simples. Junto ingredientes saudáveis e obtenho resultados surpreendentes, com uma variedade infindável de sabores, cores e texturas. E para cozinhar desta forma não é necessário ter ingredientes caros: basta saber fazer boas escolhas.

É preciso voltar à terra, aos sabores puros dos alimentos mais simples e genuínos. Evitar desembrulhar, para voltar a descascar. Deixar o mais possível os produtos processados e privilegiar alimentos no seu estado puro. Não temos que ter frutos exóticos, sementes raras e muito menos que substituir o nosso azeite por óleo de coco porque está na moda. Não temos que usar pinhões ou frutos vermelhos como base das receitas de merendas nem a farinha de quinoa, trigo sarraceno ou amaranto em vez das convencionais. Conseguir receitas deliciosas juntando alimentos ricos nutricionalmente, sem excesso de gorduras, açúcar e sal, sim, é possível. E não tem que ser mais caro.

Deixo agora algumas dicas, sobretudo associadas à ingestão de legumes:

🧐 Respeite a sazonalidade dos hortofruticolas. Se consumir fruta e legumes na sua época, além de aproveitar todo o seu sabor, consegue a melhor relação qualidade/preço. Lembre-se ainda que estes alimentos devem ser consumidos antes de ficarem murchos, pelo que não fará sentido adquirir grandes quantidades, a menos que tenha uma família numerosa.
🧐 Não rejeite partes comestíveis dos hortícolas, que, muitas vezes, possuem mesmo propriedades nutricionais mais interessantes do que aquelas que habitualmente comemos, como por exemplo:

– Agriões, nabiças, espinafres e semelhantes: as folhas podem ser usadas em saladas.
– Os talos podem ser usados e sopas, «refogados», pão, panquecas, quiches e purés de legumes.
– As folhas de cenoura, batata-doce, couve-flor, rabanetes, abóbora e nabo são comestíveis e podem ser usadas como tantas outras que comemos regularmente.
– Alguns hortícolas podem ser cozinhados e/ou ingeridos com casca, como a batata, alguns tipos de abóbora, a curgete, o nabo, a cenoura, o pepino, etc.
– As cascas da batata podem ser cozinhadas no forno, sendo um excelente snack.
– As sementes de abóbora (e melão) podem ser tostadas no forno e utilizadas como snack ou incluídas noutras receitas.
– As cascas de cebola podem usar usadas para preparar infusões com fins terapêuticos.

Por exemplo, uma abóbora-manteiga pode ser usada da seguinte forma: as sementes limpas e tostadas no forno. Polpa e casca podem ser ingeridas num assado, em sopas ou compotas. As folhas da abóbora podem ser usadas em sopas ou refogados.

Boa viagem na Cozinha com Coração!

Author

Nutricionista: amante do tipo de cozinha que procura aliar saúde aos melhores sabores; Mulher: apaixonada pela verdadeira beleza das coisas mais simples; Objectivo: ser feliz na medida do possível, gostar de mim todos os dias e ajudar quem me segue, nesse mesmo caminho.

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