Coma com calma, lentamente, permita-se sentir o sabor – ou até mesmo a sua mescla, procurando sentir ou adivinhar cada ingrediente e cada condimento – e textura de cada dentada.
Mastigue como se não pudesse voltar a sentir o mesmo sabor, como se ele fosse uma prova única, feita especialmente para aquele momento, para si. Deguste. Imagine que teria que fazer uma descrição detalhada do que comeu, tal como um enólogo faz com um vinho.
Saboreie na íntegra, não deixe escapar ao palato um único pormenor! Dedique esse tempo da refeição aos alimentos, total e absolutamente. Ao convívio também, claro está, mas não descure esse prazer por querer mastigar rápido para poder falar. Muito menos perca a noção do que está a comer porque está sentado em frente à televisão ou no chat no Facebook ou a ver as últimas publicações no instagram. Comer é um acto divino, é assim que o deve encarar. Talvez esteja a ser exagerada, mas sei que entende exactamente onde quero chegar.
Mais do que os alimentos – a comida feliz de que tanto falo – que prepara ou prepararam para si, tantas vezes com amor e dedicação, respeite o acto de comer. Encare-o não só como um momento de satisfação de uma necessidade básica de sobrevivência, mas sobretudo como um momento de pausa no seu dia – tantas vezes tão atribulado – seja esse momento vivido em partilha ou só. Sinta essa pausa e relaxe, aproveite para se mimar e sinta o que os alimentos lhe podem dar: além dos nutrientes, muito prazer!
Author

Nutricionista: amante do tipo de cozinha que procura aliar saúde aos melhores sabores; Mulher: apaixonada pela verdadeira beleza das coisas mais simples; Objectivo: ser feliz na medida do possível, gostar de mim todos os dias e ajudar quem me segue, nesse mesmo caminho.

Write A Comment