Neste dia tão interessante – o DIA MUNDIAL DO CHOCOLATE – faz-me sentido confessar que não passo sem ele.
Perguntar-se-ão porque não partilho esses momentos, visto que publico praticamente tudo o que como no Facebook e Instagram Nutrição com Coração… Não o faço porque não faz sentido aconselhar-vos a comer chocolate, mas como sabem sou adepta de excepções. O mote é sempre “com conta, peso e medida”.
Tirei umas linhas do meu primeiro livro “Dieta Viva!”, para vos dar a conhecer um pouco mais sobre este alimento e ajudar na sua escolha.
“Para quem tem dificuldade em resistir a alimentos hipercalóricos, costumo aconselhar a ingestão desse tipo de alimentos o mais cedo possível no dia, idealmente pela manhã ou, melhor ainda, ao acordar. Vários especialistas defendem a teoria de que os alimentos com mais calorias, se ingeridos à noite, serão mais aproveitados.
Quanto ao chocolate, há estudos recentes que o associam à redução de gordura. um desses estudos defende que as pessoas que comem chocolate com alguma regularidade tendem a ser mais magras do que as que apenas o comem ocasionalmente, argumentando que o chocolate possui certos ingredientes mais favoráveis à perda de peso do que à síntese de gordura. um outro estudo refere que o chocolate não tem qualquer impacto sobre o peso. Vejo estes estudos com alguma reserva, mas estou de acordo quanto à conclusão de que, mais do que a quantidade, é a composição das calorias que tem um impacto determinante sobre o peso. e, desse ponto de vista, é inegável que o chocolate tem na sua composição compostos muito interessantes para a saúde.
É a semente do fruto do cacaueiro que contém os tais compostos com comprovada acção benéfica na saúde a vários níveis. É também essa semente que contém os nutrimentos que procuramos no chocolate quando o desejamos em situações de carência, instabilidade emocional ou stress. É verdade que, quando desejamos chocolate, procuramos o prazer sensorial associado à sua ingestão, assim como o forte valor simbólico que possui, mas a verdade maior é que a máquina perfeita que é o nosso organismo, e em especial o nosso cérebro, sabe exactamente aquilo de que precisa para ir de encontro às suas necessidades. no caso do chocolate, é um aminoácido (unidade estrutural da sua proteína), que se chama triptofano, e um mineral muito conhecido, o magnésio, que em conjunto são responsáveis pela formação da serotonina, um neurotransmissor que regula o humor e nos faz ficar com uma maior sensação de bem-estar anímico.
no entanto, há que ter alguns cuidados com este alimento especial. quanto mais doce for o chocolate, mais açúcares adicionados tem, e quanto mais cremoso for, mais manteiga de cacau inclui, ou seja, maior é o teor de gordura. o objectivo principal será reduzir estes dois ingredientes, para usufruir mais dos efeitos nutricionais benéficos da pasta de cacau, sem agravar em demasia a ingestão de calorias. além disto, deverá prestar especial atenção aos aditivos, nomeadamente adoçantes, assim como a outros ingredientes, como o caramelo, a baunilha, etc. procure as versões com, pelo menos, 70% de cacau. Mesmo que inicialmente estranhe o sabor, se realmente gosta de chocolate, adaptar-se-á com alguma facilidade. a minha experiência tem-me mostrado que mesmo as pessoas que mostraram muita renitência a passar para o chocolate preto, acabaram por tê-lo como o seu preferido. Fazer esta substituição tem, na sua dieta, um efeito semelhante ao de deixar de usar açúcar no café, dois gestos que lhe permitirão continuar a usufruir de dois prazeres, sem peso a mais na consciência… e na balança. “
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Nutricionista: amante do tipo de cozinha que procura aliar saúde aos melhores sabores; Mulher: apaixonada pela verdadeira beleza das coisas mais simples; Objectivo: ser feliz na medida do possível, gostar de mim todos os dias e ajudar quem me segue, nesse mesmo caminho.

1 Comment

  1. Zulmira Cruz Reply

    Eu também sou louca por chocolate, mas com + de 70% de cacau!! Como todos os dias, não dispenso e aconselho.

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