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Não havia dia que eu fosse lá a casa e ela me deixasse cumprimentar alguém sem antes me abraçar… Sim, falo de uma cadela, uma dálmata chamada Pimpas e sim, ela abraçava-me.
Todos achamos que os “nossos” cães são especiais e a Pimpas não era excepção: era mesmo especial! A Pimpas é a cadela que vive em casa da minha irmã, ou que vivia… Na verdade não consigo ainda imaginar aquela casa sem ela. Se fechar os olhos e pensar em cada compartimento onde habitualmente vou, a Pimpas está nele. Seja a dormir enroscada num cantinho, seja a puxar-me para brincar, ou a fazer sons que abafam os da televisão, procurando protagonismo… Querendo mais um mimo, só mais um mimo…
A Pimpas tinha a ternura toda do mundo no olhar! E abraçava, abraçava muito! Assim que eu chegava a sua casa, a alegria fazia-a andar de um lado para o outro, sem saber bem o que fazer, procurando forma de a exteriorizar sem me magoar. Então saltava até me poder abraçar. Tinha razão, as pessoas que chegam devem ter a delicadeza de cumprimentar… E uma festinha não chegava, a Pimpas considerava que para me cumprimentar, só um abraço lhe enchia as medidas – a mim também, confesso! Então eu ficava de cócoras e ela colocava as suas patinhas nos meus ombros, encostava a cabeça à minha e ali permanecíamos uns largos segundos… Acho que até ela sentir que tinha mimo suficiente para poder esperar até à próxima visita.
O abraço da Pimpas está-me gravado na alma! Como nos marcam estes companheiros de vida…