Há sítios e sítios… Alguns cortam-nos a respiração e outros fazem-nos respirar mais rapidamente, numa inquietação tal que mais parece reentrar dióxido de carbono do que entrar oxigénio. Os que nos cortam a respiração são assim… Lugares como a Quinta de Fiães! Quero deixar claro que não fiz uma parceria com este local, não estou a escrever estas palavras em troca da minha estadia… Escrevo de coração e sinto uma vontade imensa de o fazer porque desde que pisei este chão fui acolhida da forma mais incrível que conheço. Já viajei bastante, em Portugal e fora dele e normalmente, como a grande maioria, gosto de conhecer sítios novos. Desta vez voltei ao mesmo, mais uma semana. Porquê? Porque preciso do contacto com a Natureza e aqui posso perder-me neste verde imenso. Correr na vinha, abraçar árvores, chapinhar no riacho… Sinto-me livre! Tudo isto é maravilhoso, sim, mas querem saber o exacto motivo que me fez regressar? O carinho com que esta Família me acolheu desde o primeiro momento, sem me conhecer. Ganhei amigos, verdadeiramente! A D. Laura dá-se ao trabalho de ir bater à porta da casa linda em que fico, para me chamar para jantar, mesmo que eu não marque. “Tem que comer, venha lá”, dito com a doçura de uns olhos transparentes, é divino! Precisei de sair da cidade uns dias e embarcar numa espécie de viagem interior e fi-lo sem saber que se tornaria bem mais mais do que isso… Eu sou de afectos e por isso abrir a porta a pessoas que me marcam enche-me a alma! Acredito em Deus e sei que não me trouxe aqui por acaso…
