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É fácil ser saudável

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Há uns dias falava com uma grande amiga Natasha Peres, mulher de um também grande amigo Ricardo Peres (que é professor de Atma Kriya Yoga, já fizemos directos com ele – estão disponíveis no IgTv)…

Eu dizia-lhe: é impressionante como vamos fazendo processos ao longo desta vida, como se fôssemos concluindo etapas. Eu já tive o ego lá em cima, queria aparecer nas revistas e mostrar a todos, ficava orgulhosa quando me enviavam mensagens a bajular-me, a massajar esse ego… Cheguei a um ponto de queda, sobretudo depois de namorar com uma figura pública (não por ele, que adoro – somos amigos até hoje e seremos) e ver a minha vida exposta de uma forma que começou a afastar-me cada vez mais do meu propósito de vida.

Quando o meu corpo gritou pelo que a alma já não aguentava – aquela superficialidade e o pouco foco na espiritualidade (cultivar a espiritualidade sempre foi essencial para mim, desde muito pequena) – tudo desmoronou e fiquei doente. “Burnout” foi o diagnóstico – que eu sabia não ser físico, mas vir de dentro.

Entretanto passaram 5 anos e várias fases de introspecção, vivo cada vez mais em mergulho com a espiritualidade, focada na minha essência e sentindo o amor que sou, que cada um de nós é… Nem sempre é simples sentir só amor, sobretudo nas pessoas com quem não sentimos empatia, mas esse é também um exercício que nos torna melhores e mais felizes.

Já sabem que escrevo (e falo!) muito, por isso perdi o tema inicial… Queria dizer que percebi que ainda assim mantenho alguma necessidade de reconhecimento – o meu Mestre Espiritual Paramahamsa Vishwananda , o Guruji, chamou-me à atenção para isso há uns dias e senti-me tão mas tão pequenina… Comentei com a minha amiga de quem vos falei no início deste texto (que também segue o Guruji) e a sua resposta foi: amiga, falas tanto de dietas, porque não pões em prática a “Dieta do Ego”?  E eis que o tenho tentado fazer, em gratidão e puro amor.

Este caminho é tão bonito se nos focarmos em cada aprendizagem com confiança e entrega.

Obrigada a tooooooooodos, sobretudo ao Guruji!

Fazemos juntos a DIETA DO EGO?

A maior doença da mente é o medo.

Temos medo porque não conseguimos ver o quadro completo e queremos ter esse controlo.

Desenvolvendo a intuição, mergulhando no coração, podemos conseguir ver mais além. É então que o medo se dissipa.

Há um trabalho interior que parte de cada um e da sua união com o divino – a consciência do divino em tudo o que fazemos muda tudo. Para quem não acredita em Deus: fazer tudo em Amor puro é a chave. Se é possível? Sim, é. Passinho a passinho.

Eu descobri o caminho, que faço sem pressa, com os ensinamentos de Paramahamsa Vishwananda. Medito. Abro cada vez mais o coração.

Esse processo que nos leva da mente ao coração nem sempre é simples, temos muitas resistências, temos muita necessidade de sentir que estamos em controlo. E, sabem? Não controlamos nada, só faz sentido largar, entregar, confiar.

O ATMA KRIYA YOGA ajudou-me, ajuda-me e acredito que possa ajudar muitos de vocês.

O abraço sentido transforma, sobretudo quem nunca foi abraçado e por isso não sabe abraçar…

Eu gosto de abraçar pessoas que vêm com olhar carregado e ar carrancudo, gosto de abraçar pessoas que têm sorriso torto e vontade de insultar e partir. Gosto de sentir que nesse abraço nos despimos de armaduras pesadas e percebemos o quão maravilhoso é permitirmos-nos sentir amor. Sim, porque um abraço sentido tem amor. É uma troca de energia, um momento de cura. E é tão bom irmo-nos entregando a esse sentimento, a essa energia maior, até vivermos sem medo, apenas amando, apenas entregando.

Eu abraço árvores e animais, é muito bom.

Gosto de abraçar quem parece não me querer bem e também gosto muito de abraçar as pessoas que gostam de mim.

E procuro abraçar todos os dias quem amo! Eu gosto mesmo é de abraços.

E por falar em abraço, daqueles bons, apertadinhos e quentes, carregados da leveza da energia sublime do amor, digam-me, quem abraçariam hoje?

Quando era miúda, ouvia atentamente as conversas das minhas irmãs. Sempre prestei atenção à conversa de todas as mulheres, especialmente das mais velhas. Fui sempre amiga das amigas da minha mãe e também sempre gostei de trocar mil experiências com mulheres da minha idade. E sempre gostei de observar e ouvir as mulheres mais novas. Adoro, por exemplo, ficar atenta a cada pormenor do comportamento das minhas sobrinhas.

E com isto chego a uma conclusão: – cada etapa da nossa vida é incrivelmente bela!

A diferença maior que sinto com a chegada dos 40 é algum egoísmo e um imenso amor.
Penso mais em mim, preocupo-me, antes de mais, comigo, tomo as decisões por mim. Sei que eu estou antes de todo o resto. Algum egoísmo não faz mal a ninguém, contrariamente ao que pensava aos 20. Nessa altura, não era egoísta; aos 30, combatia com ele – o egoísmo – e aos 40 assumo-o, feliz e bem resolvida. Egocentrismo é outra coisa, não é disso que falo. Não sou egocêntrica, sou, isso sim, um pouco egoísta e aconselho todas as mulheres a serem: cada uma de nós está em primeiro lugar e deve ser o centro da sua vida.
Aos 40, não pensamos se lavámos o cabelo no próprio dia, mergulhamos na piscina; não deixamos de tirar as calças num passeio inesperado no rio porque não fizemos a depilação e muito menos perdemos tempo a olhar para a celulite. Aos 40 somos mais nós, temos auto-confiança, sabemos o que valemos e quem não gostar que não olhe, quem não quiser a nossa companhia que não se chegue perto. Aos 40 deixa de nos interessar o que pensam de nós e passa a ser muito importante o que pensamos de nós mesmas. Conhecemo-nos como nunca, também porque, habitualmente, uns anos antes, tivemos uma pequena crise de identidade e mergulhámos em nós mesmas. Aos 40 não fazemos fretes, percebemos o quão precioso é o tempo que nos deram aqui.

Aos 40 tenho a espiritualidade mais em mim do que alguma vez antes e sinto, respiro, saboreio com menos ansiedade e mais certeza de estar em cada momento no sítio certo, fazendo exactamente o que é suposto fazer. Não anseio nada mais além de cada momento, vivo cada vez menos com expectativa. Não mastigo e engulo, saboreio.

Entrego-me ao divino e tenho cada vez mais consciência d’Ele em tudo o que faço. Reconheço-O nos outros, em cada pessoa, queira-me bem ou mal. Aos 40, sinto mais amor que nunca e zango-me menos comigo e com os outros, porque me aceito, me amo e aceito os outros, percebendo que são uma parte tão importante como eu desse Amor maior que é Deus!

O Nuno Ferreira deixou gentilmente o seu testemunho, para partilhar e dar força a quem não acredita que consegue emagrecer de forma sustentada:

“No último confinamento cheguei ao 92kg senti-me mal e sendo eu professor de educação física tinha vergonha do meu corpo. Decidi comprar o seu livro e tentar perceber porque oscilava de peso e não conseguia manter quando o perdia. O seu livro fez-me mudar a forma de pensar, percebi a importância de não perder peso pelos outros, mas por mim… Não por aquilo que os outros diziam mas por voltar a ter prazer de me ver ao espelho. E o mais importante foi perceber que o que tinha de mudar era a forma de me alimentar. Então, sobretudo as suas receitas de bacalhau fizeram-me entender que podia comer comida tradicional e simultaneamente saudável com Coração.

Passei a levar esta forma de pensar a sério e o mais incrível é que tenho procurado contagiar os outros, o que me tem motivado ainda mais! Desde colegas, amigos a até alunos. Imagine que neste confinamento já fiz um atelier de comida saudável com os meus alunos e eles adoraram. Obviamente que me dediquei ao treino, o que facilitou as coisas. Mas o principal impulsionador foi o seu livro. Adorei e fez me pensar e repensar a forma de estar. Atualmente peso 80kg já tive 78kg mas tenho ganho massa muscular, o que me fez aumentar. Por isso parabéns e obrigado, foi uma ótima ajuda. Fez-me evoluir no aspeto emocional, sentir segurança e estar focado no que é realmente importante.

O mais difícil é as pessoas mentalizarem-se que tem de haver mudança. O problema é que mudar implica medo e nem todos conseguem superar os seus receios e vivem a vida a pensar no que os outros pensam. O seu livro ajudou-me bastante aceitar a mudança e a gostar de mim. Parabéns gostei mesmo muito e já o sugeri a muitos amigos.”

Com motivação e respeito por nós, com dedicação e compromisso, antes de mais connosco, conseguimos. Torna-se uma filosofia de vida, um estado naturalmente feliz.

Obrigada, Nuno.